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notcias: Migrantes portugueses: a esperança de uma nova vida em Moçambique - jornal britâ
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De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 23/12/2011 22:45
Migrantes portugueses: a esperança de uma nova vida em Moçambique - jornal britânico The Guardian

23/12/2011
Plaza-Combatentes-market--007.jpg
 

(Mercado na Praça dos Combatentes/Foto: Martin Godwin para the Guardian)

Por Nastasya Tay em Maputo

É quarta-feira, Maria Nunes, 31 anos de idade, está a escolher a sardinha que está a ser assada pelo seu marido, rindo de um comentário do seu amigo Carlos, do outro lado da mesa. Este grupo de jovens profissionais reuniram-se na Associação Portuguesa para o almoço semanal. É um tipo de reunião que serve para o grupo de expatriados portugueses falarem de tudo, sentados numa mesa com uma toalha axadrezada, a preto e branco. Todos, oito no total, nasceram em Portugal mas agora vivem em Moçambique.

O país, no sul de África, é famoso pelo seu camarão, pelas praias do Oceano Índico e o seu jazz.  Ex-colônia de Portugal, está a experimentar um ressurgimento do investimento estrangeiro – e de migrantes estrangeiros - com reservas de carvão a serem descobertos no norte, os centros urbanos a desenvolverem-se num frenesi de construções, e na Europa as notícias são da conhecida crise econômica.

Maria, uma designer gráfico freelancer, e o seu marido, Ricardo, mudou-se para Maputo em 2006, após um breve período em Angola quando o Ricardo foi para lá para trabalhar como engenheiro civil. O casal diz que ama Maputo e escolheu lá viver, porque “é tão Português”.

"Há tantas pessoas novas a chegar todos os dias", diz Maria. "Elas continuam a chegar. Quatro anos atrás, Maputo era muito tranquila. Mas há dois anos tudo mudou. Parece que triplicou nos últimos dois anos. Todas as semanas vejo novas pessoas nos restaurantes, nos clubes."

Ela balança a cabeça, perplexa. "A minha cidade natal é pequena, no meio do nada, mas ainda há três ou quatro pessoas de lá que estão aqui em Maputo."

Maria diz que há um grupo de milhares portugueses com os seus e-mails em online, composta por expatriados a viver em Moçambique e os da Europa que querem mudar-se para lá (Moçambique). "Todos os dias há um CV de Portugal, alguém à procura de um emprego, a querer vir", diz ela. Mas agora, encontrar trabalho em Maputo está a ficar cada vez mais difícil.

O seu amigo Carlos Quadros, um engenheiro ambiental recém-chegados de Lisboa, diz:.. "As coisas não estão tão boas em Portugal, está em crise, não há trabalho para todos, e se você encontra um emprego, não terá um bom salário e isso vai piorar."

Ele diz que há muito mais oportunidades em Moçambique, mas isso depende da área de especialização. Se alguêm é arquitecto ou engenheiro, ou que tenha habilidades técnicas, há uma abundância de empregos.

Houve um aumento de 30% a 40% no número de migrantes Português que escolheram ir para Moçambique ao longo dos últimos dois anos, diz o cônsul-geral, Graça Gonçalves Pereira. E acrescenta que, porque muitos não se registam na embaixada, é difícil determinar números concretos, mas que a comunidade está na casa das dezenas de milhares.

"Podemos ver que existem mais pessoas agora", diz Pereira. "Não é nenhuma surpresa. É natural procurar algo melhor, e os portugueses sempre emigrararam. Tem sido um hábito nosso, desde o século 16."

Muitos imigrantes chegam com contratos a termo com as empresas portuguesas que investem em Moçambique, diz ela, mas a maioria vai sair depois de os seus contratos findarem.

Sentado no seu restaurante na movimentada Avenida Julius Nyerere, Luis Carvalho concorda. "Eles ficam por aqui por alguns meses, depois vão-se embora”, diz. "Dos cem que vem, cinquenta deixarão o país passados três meses."

O seu restaurante, O'Porto, serve, nas suas palavras, a "Nova Cozinha Portuguesa", e atende predominantemente moçambicanos ricos e migrantes que vêm porque o nome lembra-lhes a casa. Carvalho diz que muitos imigrantes chegam com expectativas irrealistas sobre o que eles podem conseguir em Moçambique. Quando chegam eles querem começar do topo, têm altos postos de trabalho.

"Algumas pessoas conseguem emprego, alguns desistem e outros simplesmente não conseguem se adaptar à maneira moçambicana", diz .

Para Carvalho, a vida de Moçambique é o que você faz dela. "Moçambique é uma grande oportunidade para a vida. Em Portugal é diferente, porque já está tudo inventado. Em África tem-se novas oportunidades."

Na mesma avenida, o dono do Restaurante Taverna, Nuno Pestana, diz que ele também caiu de amores por Moçambique. "O sol aqui sente-se de forma diferente do que em qualquer outro lugar. A cor do dia, o povo ...".

Apesar do amor de Pestana pelo seu novo país, o seu restaurante serve para aqueles com saudades da Europa. Taverna é um estabelecimento modesto, com toscos bancos de madeira e toalhas de mesa xadrez, mas é um dos restaurantes mais caros da cidade. A comida é tradicional, caseira, portuguesa - e o negócio é bom. O Nuno tem no iPad uma lista extensa no menú de vinhos, que exibe aos clientes. Dos 960 vinhos nesse menu, 85% são portugueses e, apesar dos preços, são os mais populares.

"Esta semana 15 português vêm para almoçar. Eles estão cá para explorar oportunidades de negócios", diz Pestana.

Todos os dias, de noite ou de dia, há uma nova pessoa portuguesa a entrar no restaurante, diz. Nos últimos meses, pelo menos dez novos restaurantes abriram.

Pestana diz que Portugal tem uma cultura de emigração. "Fomos conquistadores. Quando as coisas não são boas, vamos para onde é melhor. Nós fazemos isso há várias gerações".

Na Associação Portuguesa, o grupo está a terminar o seu almoço. Maria balança a cabeça. Este não é o meu país, diz ela. "Eu adoro Moçambique, mas a minha família está longe”. Maria e Ricardo são recém-casados ​​e querem passaportes europeus para os seus filhos. "Podemos viver em Moçambique, mas vamos morrer em Portugal", diz Ricardo.

Numa mesa vizinha, está um grupo de homens, portugueses mais velhos, sentados desde o meio da manhã, bebendo uísque puro e olhando para o Jardim dos Namorados. Ao seu redor, a fumaça de charuto, alheios à conversa barulhenta com sotaques de todo o mundo lusófono. A maioria está em Moçambique há vários anos, observando os mais jovens que chegam - e vão.


http://www.radiomocambique.com/rm/noticias/anmviewer.asp?a=11757&z=113


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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 3 en el tema 
De: helenamarinho Enviado: 23/12/2011 23:14
Boas notícias!

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 3 en el tema 
De: helenamarinho Enviado: 23/12/2011 23:14
Boas notícias!


 
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