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notcias: O Presidente ausente pela doença que lutou para estabilizar a Guiné-Bissau
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De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 09/01/2012 14:30

O Presidente ausente pela doença que lutou para estabilizar a Guiné-Bissau

09 de Janeiro de 2012, 16:51

Bissau, 09 jan (Lusa) - Malam Bacai Sanhá, que morreu hoje, ficará na história da Guiné-Bissau como o Presidente que mais esteve ausente por motivos de doença, mas também pela luta para acabar com mais de uma década de instabilidade político-militar.

Nascido no sul da Guiné-Bissau, no dia 05 de maio de 1947, de etnia Beafada (uma das linhagens dos Mandingas), Malam Bacai Sanhá, formou-se em ciências sociais e políticas na ex-RDA.

De porte forte, no alto dos seus quase dois metros de altura, Bacai Sanhá, que morreu hoje de doença no hospital Val de Grâce, onde estava internado desde final de novembro do ano passado, era um homem conhecido por ser afável no trato mas que adorava um combate político, sobretudo na defesa dos ideais da luta pela independência da Guiné-Bissau, na qual participou ativamente.

Político de carreira, era daquelas pessoas na Guiné-Bissau cuja vida se confundia com a história do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), pois sempre esteve ligado à máquina do histórico partido guineense desde os primeiros dias da sua militância, em 1962.

Os amigos de Malam Bacai Sanhá afirmam que a dado momento do seu percurso político, sempre feito nas estruturas do poder do Estado, direcionou a sua vida para vir a ser Presidente da Guiné-Bissau, já que palmilhou todos os cargos diretivos, de administrador setorial ao governador regional, de ministro de várias pastas a presidente do Parlamento.

Antes de ser finalmente eleito chefe de Estado de forma constitucional, nas eleições presidenciais de 2009, Bacai Sanhá ainda foi Presidente interino da Guiné-Bissau, após o golpe de Estado que derrubou 'Nino' Vieira em 1999, após uma guerra civil fratricida de 11 meses.

Pelo meio, foi derrotado por duas vezes na corrida à cadeira presidencial, primeiro por Kumba Ialá, em 2000, e depois por 'Nino' Vieira, em 2005. Em ambas as ocasiões, alegou fraude eleitoral para justificar a sua derrota, mas acabou sempre por reconhecer o desaire.

Por gozar de estatuto de combatente de liberdade da Pátria, o discurso político de Malam Bacai Sanhá fundamentava-se regra geral na necessidade de o país saldar "a dívida moral" para com aqueles que lutaram pela causa da independência.

Para Bacai Sanhá, volvidos que foram 37 anos após a independência, o país ainda não pagou a tal dívida.

"Os combatentes da liberdade da Pátria que lutaram arduamente com muita abnegação e desinteresse pela independência nacional merecerem a nossa eterna gratidão e respeito. O meu empenhamento com os meus colegas e irmãos «antigos combatentes" é de criar um fundo especial de assistência para a saúde que lhes permitirá ter uma cura adequada conforme o lugar que merecem na nossa sociedade", dizia no seu manifesto eleitoral em 2009.

Malam Bacai Sanhá ficará igualmente na história da Guiné-Bissau como o Presidente que teve melhores relações institucionais com os militares, ao ponto de garantir que durante o seu mandato não havia lugar para golpe de Estado ou derrube anticonstitucional do Governo, como tem sido hábito na democracia guineense.

"Comigo como Presidente, o Governo vai até ao fim da sua legislatura, não há lugar para golpe de Estado ou queda do Governo por ação do Presidente. A Guiné precisa de se estabilizar definitivamente", frisava Malam Bacai Sanhá sempre que havia qualquer agitação política no país.

A 26 de dezembro último, quando Malam Bacai Sanhá já estava internado no hospital em Paris, um grupo de militares iniciou uma operação para derrubar o Governo e substituir a chefia das Forças Armadas, mas não foi bem sucedido.

A Presidência da República emitiu um comunicado, assinado por Alberto Batista Lopes, diretor do gabinete do Presidente, a 29 de dezembro, a condenar a violência militar "que mais uma vez" se abateu sobre o país, considerando que abalaram o clima de estabilidade "que se vinha vivendo" há mais de um ano.

MB.

Lusa/fim


http://noticias.sapo.mz/lusa/artigo/13433757.html


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