As várias intempéries que assolaram Moçambique este ano causaram a morte a 44 pessoas e feriram outros 40, segundo dados do Governo, apresentados pelo Primeiro-ministro Aires Ali.
Além das vítimas humanas, as intempéries destruíram, total ou parcialmente, 20 mil casas, 678 salas de aulas, 31 unidades sanitárias e quase 94 mil hectares de áreas cultivadas, fontes de água, vias de acesso e infra-estruturas económicas. Ao todo 30 mil famílias foram afectadas, num total de 119 471 pessoas.
A tempestade "Dando" e o ciclone "Fuso" destruíram, em Fevereiro, perto de 42 mil hectares com culturas de milho, feijões e hortículas, que representam 0,8 por cento da área total semeada na primeira época em todo o país. Entre as áreas mais afectadas, destaque para Zambézia que perdeu 13,2 por cento da área semeada, Maputo com 5,7 por cento e Gaza que perdeu 3,9 por cento da área cultivada.
Segundo o Governo, o balanço podia ter sido pior, caso não tivesse implementado os programas de reassentamento das populações residentes nas zonas de risco, após as cheias de 2007 e 2008, ao longo da bacia do Zambeze.
Aires Ali apontou a fraca qualidade dos materiais de construção como uma das causas para o desabamento das casas. Segundo o Primeir-ministro, "devemos encorajar a adesão a novas formas de construção de casa, através da promoção de novos métodos de construção e transferência de tecnologias ajustadas às condições locais e dos materiais de construção disponíveis, para que as habitações não sejam tão vulneráveis".
O número de perturbações tropicais que em dois anos entraram no Canal de Moçambique é igual ao número de ciclones tropicais que atingiram o nosso país num espaço de 14 anos, de 1980 à 1993.
@SAPO/AIM
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