As autoridades do governo em Chigubo, em Gaza, mostram-se preocupadas com o ressurgimento de algumas práticas costumeiras entre algumas comunidades, que consistem em não enterrar os mortos, o que constitui um atentado á saúde pública.
Trata-se de uma situação tratada na sessão extraordinária provincial, orientada pelo governador de Gaza, Raimundo Diomba, de visita àquela região.
A Rádio Moçambique soube que em várias comunidades, os recém-nascidos falecidos não são enterrados, sendo embrulhados numa caixa de papelão ou em folhas, para depois serem pendurados numa árvore e a natureza toma conta do resto.
Esta situação inquieta as estruturas do governo e não só, dado que nos locais onde ocorre esta prática, têm sido zonas de pastagem onde as outras crianças vezes sem conta deparam-se com esta situação.
Algumas anciãs contactadas pela Rádio Moçambique confirmam o fenómeno e disseram que tratar-se uma prática secular.
Sabe ainda que em caso de morte de um doente de tuberculose, amigos e familiares do defundo abrem a cova para depositar o corpo e cobrem-no com apenas algumas folhas, alegando que o seu espírito pode demorar na terra e propagar a doença sobre a família.
O administrador de Chigubo, Marcelo Nhampule, disse que as comunidades justificam as práticas com os rituais de pedido de chuvas aos seus antepassados para a prática da agricultura na região.
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