Hoje me senti triste vazia, a alma nua de sonhos, se apoderou uma vontade imensa de lá voltar, me apróximei e reparei na luz que irrompia sem medo logo cedo onde as teias de aranha faziam poiso não deixando antever o ferrolho que trancava a casa fechada faz tanto tempo...
Musica suave vinha como do além onde ninguém sorria, onde a magia que houvera em outros tempos calava a cauda do piano preto coberto de pó, e sem dar conta um nó se me apertou na garganta, hoje tudo ali é mudo em cima da mesa a merenda bolorenta esquecida por bocas ávidas de desejos, esquecidos belos tempos vividos, onde sombria a casa hoje vazia de risos de criança em berço de rendas finas hoje cheirando a mofo.
Quisera então sentar no banco que ainda resta, revejo pétalas do que foram o colorido jardim, e o vazio que continuava em mim ficou ali, olhando os restos da casa vazia onde um dia irrompia alegria, tranquei o ferrolho e voltei, solto meus pés, ao encontro do encontro perdido.
São Percheiro