Segundo Madalena Zandamela, secretária para a organização na OTM-Central Sindical, as organizações sindicais vão para as celebrações de hoje com o reconhecimento de que os trabalhadores não estão satisfeitos com os resultados da concertação social relativamente ao reajustamento do salário mínimo.
Nesse sentido, segundo indicou, os trabalhadores saberão se manifestar e mostrar a sua determinação em trabalhar para superar as dificuldades actuais, através do diálogo e busca de consensos.
Segundo indicou, as celebrações deste ano compreenderão os tradicionais desfiles de massas, em que é esperada a comparência de perto de 35 mil trabalhadores só em Maputo, e as cerimónias centrais decorrerão na Praça dos Trabalhadores. Ao longo de todo o país a expectativa é que se atinja a cifra de 150 mil.
Na Praça dos Trabalhadores, o movimento sindical vai apresentar a mensagem aos trabalhadores em torno das questões do trabalho digno, salário justo, paz e justiça social, que aliás constituem o lema da presente jornada de luta.
Segundo Madalena Zandamela, a promoção da estabilidade do emprego e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores constam das grandes ambições do movimento sindical em Moçambique, objectivos que carecem de diálogo para ser alcançados.
As manifestações deste ano deverão ter também assento tónico na recém-aprovada proposta de lei de sindicalização na Função Pública que os sindicatos consideram como sendo restritiva.
Nas declarações de Madalena Zandamela, um apelo especial deverá ser dirigido à Assembleia da República para que no momento da apreciação daquele instrumento tenha em conta os ditames da Constituição, assim como das convenções da Organização Internacional do Trabalho, no que se refere à liberdade sindical.
Por ocasião desta data, a representação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Moçambique deu conta que constituem desafios para o país trabalhar para que o número de empregos criados, bem como a sua qualidade, constituam uma prioridade e preocupação.
Para as Nações Unidas, Moçambique está em condições de realizar estes objectivos, pois tem tido um dos desempenhos económicos mais assinaláveis de África, desde o fim da guerra civil, em 1992, com uma média de crescimento acima de 8 porcento, de 1993 a 2010.
O actual desafio é traduzir o crescimento económico na criação de emprego condigno, assinalou.
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