Hospitais cortam nos remédios
Oito hospitais estão com graves problemas financeiros e correm o risco de deixar de ter condições para continuarem a prestar assistência aos doentes, afirmou ontem no Parlamento o presidente da Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS), o organismo de gestão financeira do Ministério da Saúde.
Por:Cristina Serra
Segundo João Carvalho das Neves, sete dos hospitais estão localizados na Região da Grande Lisboa e apenas um no Porto: Santa Maria, São José e São Francisco Xavier (Lisboa), Garcia de Orta (Almada), Barreiro/ /Montijo, Setúbal, Abrantes e Santo António (Porto).
Para reduzir a despesa, os hospitais já cortaram nas horas extraordinárias dos médicos e enfermeiros, estão a comprar medicamentos mais baratos e a fazer os exames clínicos estritamente necessários, deixando de encaminhar os doentes para as entidades convencionadas. Porém, as unidades não podem cortar mais na despesa.
João Carvalho das Neves explica que as instituições "têm custos fixos e a reestruturação leva tempo". Para reduzir o défice e aumentar a poupança no SNS, é necessário que os hospitais prestem um serviço "mais eficiente" e ainda que haja concentração de serviços, sublinhou o responsável.
Nesse sentido, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, vai avançar com a reforma hospitalar, proposta por grupos de trabalho que avaliaram as Urgências, emergência pré-hospitalar e os hospitais mais aptos para efectuarem determinadas especialidades e cirurgias.
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