Pelo menos 25% dos usuários de Facebook nos Estados Unidos falsificaram o seu perfil na rede social para ocultar a sua verdadeira identidade, segundo um estudo realizado pela organização Consumer Reports e publicado na sexta-feira no seu site. Esse percentual era de apenas 10% em 2010, o que reflecte um aumento da preocupação pela segurança das pessoas com a sua conta na popular plataforma da internet.
“As pessoas estão a tratar o Facebook com mais cautela”, afirma o relatório para o qual foram consultados moradores de dois mil lares americanos e que também evidenciou um aumento dos problemas pelo uso desta rede social. Segundo o documento, 11% dos domicílios nos quais há pessoas que usam o Facebook afirmaram ter tido problemas no ano passado. Houve reclamações desde dificuldades para acessar o perfil até ter sofrido algum tipo de assédio ou ameaça.
Este número foi 30% superior em 2011 em relação a 2010, apesar de o relatório determinar que em alguns casos esse aumento ocorreu devido ao descuido do usuário na gestão da sua conta no Facebook. Os dados do estudo indicaram que “há gente que compartilha coisas demais”.
Pelo menos 4,8 milhões de pessoas usaram a rede social para anunciar os seus planos de viagem, uma informação que potencialmente pode dar pistas a ladrões sobre quando assaltar a sua casa. Também foi grande a quantidade de usuários que se posicionaram publicamente a respeito de uma doença ou um tratamento. Esse grupo chegou a 4,7 milhões de usuários. As referências sobre temas de saúde poderiam chegar a repercutir em como as seguradoras privadas avaliam o custo de uma apólice para um possível cliente no futuro, aponta o relatório.
Outra conclusão significativa é a de que 13 milhões de usuários do Facebook nos EUA jamais modificaram as opções de privacidade do seu perfil na rede social ou inclusive declararam não saber que era possível determinar como e com quem se compartilha a informação que publicam.
A organização estimou que em 2011 o Facebook fechou cerca de 800 mil contas na rede social criadas por menores de 13 anos, idade mínima para ser usuário legal dessa plataforma, apesar de calcular que 5,6 milhões de crianças ainda têm perfil no Facebook.
“A maioria dos pais que sabia que os seus filhos pré-adolescentes usavam Facebook não havia falado com eles sobre as ameaças existentes na internet ou não tinham ficado com os seus amigos na rede social, enquanto um terço não fez nada para supervisionar as actividades dos seus filhos”, informa o relatório.
O Facebook é a rede social mais popular da internet com mais de 900 milhões de contas activas em todo o mundo.
(Com EFE)
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