Apesar dos projectos financiados por investimento directo estrangeiro em África terem crescido 27%, entre 2010 e 2011, o continente detém apenas 5,5% do total desses investimentos.
Para Ajen Sita, presidente-executivo da E&Y no continente, este valor "não reflecte o potencial económico da África."
De acordo com a BBC Brasil, esse facto é atribuído à desconfiança de muitos investidores em relação à instabilidade política, à corrupção e às dificuldades em fazer negócios.
No levantamento feito pela Ernst & Young, empresários sem presença em África vêem a região como a "menos atractiva para negócios do mundo." A consultoria acrescenta que quem já fez negócios na África tende a melhorar a sua percepção sobre o continente e a considerá-lo quase tão atractivo quanto a Ásia.
Sendo a África do Sul, o Egipto, Marrocos, Argélia, Tunísia, Nigéria e Angola, os principais receptores de investimento estrangeiro do continente, entre países africanos, também cresce o volume de negócios.
Apesar dos crescimentos, os velhos desafios permanecem. A infraestrutura continental é deficiente e requer investimentos de mais de 90 mil milhões de dólares, de acordo com Sita.
A estabilidade continental é outro desafio e problema antigo que actualmente se manifesta com os motins da Primavera Árabe e com golpes de Estado em países como o Mali e a Guiné-Bissau.
Em jeito de resposta, o relatório da E&Y afirma que, apesar de focos de conflitos, "a democratização africana é algo real, com os Estados unipartidários tornando-se cada vez mais a excepção, em vez da regra".
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