Maputo, 21 mai (Lusa) - O ministro moçambicano da Cultura e escritor, Armando Artur, e a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) manifestaram hoje desilusão por o Prémio Camões não "passar por Moçambique", mas saudaram o vencedor da edição 2012, o brasileiro Dalton Trevisan.
O secretário de Estado da Cultura de Portugal, Francisco José Viegas, anunciou hoje a atribuição do Prémio Camões, no valor de 100 mil euros, ao escritor brasileiro Daltor Trevisan.
Comentando a distinção, o ministro moçambicano da Cultura e também escritor, Armando Artur, saudou o premiado, que afirmou desconhecer, exprimindo "pena por o Prémio não passar por Moçambique".
"Embora não conheça o vencedor, é sempre motivo de alegria quando o maior prémio da nossa comunidade linguística é anunciado. Por outro lado, é com muita pena que este prémio não passe mais vezes por África e, particularmente, por Moçambique, onde temos um naipe de escritores com crédito para ganhar o Camões", enfatizou Armando Artur.
Por seu turno, o secretário-geral da AEMO, Jorge Oliveira, também manifestou frustração por Moçambique ter ganho apenas uma vez o Prémio Camões, pelo falecido José Craveirinha, em 1991, mas congratulou-se com "regularidade do Prémio".
"Estamos satisfeitos porque o Prémio Camões é um momento maior da literatura lusófona, mas há também uma enorme frustração por Moçambique nunca ter ganho desde 1991, apesar do grande contributo que tem dado à literatura da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa]", observou Jorge Oliveira.
PMA
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