O Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou, quarta-feira, o Governo pelas suas sólidas políticas adoptadas por Moçambique e pelo “forte desempenho económico, sector que em 2011 continuou robusto”.
Este sentimento vem expresso num comunicado de imprensa emitido pela direcção executiva do FMI no final da sua quarta revisão do programa económico de Moçambique, ao abrigo do Instrumento de Apoio à Política Económica (Policy Support Instrument, PSI).
O PSI é um instrumento através do qual o FMI analisa e apoia as políticas económicas de um determinado país, mas não inclui a concessão de empréstimos.
O FMI descreve o PSI como sendo um mecanismo que “foi concebido para os países de renda média que não querem ou não precisam de assistência financeira do FMI, mas que precisam da assessoria, monitoria e aprovação das suas políticas”.
No término da reunião da direcção executiva, o director geral adjunto do FMI, Min Zhu (na imagem acima), disse que “as políticas sólidas adoptadas por Moçambique e o seu forte desempenho económico merecem um elogio. O crescimento económico continuou robusto em 2011 e a inflação foi contida com sucesso”.
Contudo, advertiu que, apesar das perspectivas de crescimento do país serem favoráveis a médio termo, os riscos a curto prazo do ambiente global deverão ser geridos de uma forma adequada.
O FMI ressalta o Plano de Acção para Redução da Pobreza (PARP) e refere que o governo já começou a adoptar medidas nas áreas chave, incluindo a introdução de reformas na agricultura e no ambiente de negócios, desenvolvimento humano e social contínuo e na expansão de um bem orientado e acessível programa de protecção social”.
Para Zhu, “será importante implementar estes planos para permitir que mais moçambicanos se possam beneficiar do tão almejado crescimento económico”.
Nos últimos tempos, Moçambique tem vindo a descobrir enormes depósitos de recursos minerais, particularmente carvão e gás mineral, que vão transformar a sua economia no futuro.
Para o FMI, “a gestão adequada dos sector mineiro e dos hidrocarbonetos, que actualmente atravessa uma fase de emergência, aliado a um maior esforço para a gestão fiscal, poderão ajudar a melhorar os recursos fiscais para investimentos nas áreas de infra-estruturas e outras necessidades de desenvolvimento a médio e longo prazos”.
Prosseguindo, Zhu disse que “os planos das autoridades moçambicanas para uma célere modernização dos regimes fiscais nas áreas de mineração e petróleos, bem como para obtenção do estatuto de membro de pleno direito da Iniciativa para a Transparência das Indústrias Extractivas (EITI), estão no caminho correcto”.
O documento do FMI foi compilado com base nas conclusões de uma missão do FMI que visitou Moçambique no período compreendido entre 5 e 16 de Março.
(RM/AIM)