O astronauta norte-americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar a superfície lunar, morreu, este sábado, aos 82 anos, avança a imprensa norte-americana.
Neil Armstrong de 82 anos tinha sido operado ao coração há poucos dias e estava em recuperação. O primeiro homem a pisar a Lua tinha sido submetido a uma cirurgia para a desobstrução de quatro artérias coronárias. Carol Armstrong, mulher do ex-astronauta, afirmou, na altura ao canal americano NBC, que o marido estava a recuperar bem da operação.
O astronauta e o seu companheiro da Apollo 11, Buzz Aldrin, foram os primeiros homens a caminhar na Lua, a 20 de Julho de 1969.
http://www.ionline.pt/mundo/morreu-neil-armstrong-primeiro-homem-pisar-lua
Neil Alden Armstrong (Wapakoneta, 5 de agosto de 1930 — Columbus, 25 de agosto de 2012[1]) foi um astronauta dos Estados Unidos, piloto de testes e aviador naval que escreveu seu nome na história do século XX e da humanidade ao ser o primeiro homem a pisar na Lua, como comandante da missão Apollo 11, em 20 de julho de 1969[2].
Antes de se tornar um astronauta, Armstrong estava na Marinha dos Estados Unidos e serviu na Guerra da Coreia. Após a guerra, ele serviu como piloto de testes na Estação de Voo do Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica (NACA) de alta velocidade, agora conhecido como o Voo Dryden Research Center, onde ele voou mais de 900 voos em uma variedade de aeronaves.
Biografia
Nascido na cidade de Wapakoneta, no estado norte-americano de Ohio, antes de se tornar astronauta Neil Armstrong entrou na Universidade de Purdue onde estudou engenharia aeroespacial e também foi aceito para o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Cambridge, em 1949 Armstrong foi aviador da Marinha, tendo combatido na Guerra da Coreia[2][3], ele serviu até 1952 como piloto de caça, com 78 missões cumpridas. Ele recebeu a Medalha do ar por 20 missões de combate, uma Estrela de Ouro para os próximos 20, e da Medalha de Serviço coreano e Estrela de noivado[4]. Após a guerra, ele retornou aos Estados Unidos e se tornou piloto de testes de empresas fabricantes de aviões, testando mais de 900 tipos de aeronaves diferentes durante a década de 1950, incluindo o famoso X-15, o primeiro avião do mundo a voar na estratosfera terrestre.[5] Morreu dia 25 de Agosto de 2012, aos 82 anos de idade.
[editar] Astronauta
Armstrong interessou-se pela NASA cinco ou seis meses depois da abertura das inscrições para a formação de um novo grupo de astronautas, em 1962, e foi escolhido para o chamado Grupo dos Nove, denominação decorrente do modo como eram conhecidos os primeiros astronautas norte-americanos selecionados em 1960 para o Projeto Mercury, o Grupo dos Sete, tornando-se o primeiro astronauta norte-americano civil.
Os primeiros dois anos de Armstrong e do novo grupo na NASA foram dedicados a treinamentos e ao acompanhamento da fabricação dos motores, foguetes e espaçonave que se destinariam aos projetos Gemini e Apollo. Em março de 1966, ele realizou seu primeiro voo ao espaço como comandante da Gemini VIII, em companhia do astronauta David Scott, que anos depois comandaria a Apollo 15 e também pousaria na Lua[2]. A missão, problemática, era a junção no espaço com um foguete Agena não-tripulado, como teste para as futuras missões Apollo, em que a nave de comando precisaria se conectar e se separar do Módulo Lunar Apollo. Problemas de estabilidade no foguete, que começou a rodar sem controle sobre si mesmo após o engate das duas espaçonaves, causaram o aborto e o encerramento mais rápido da missão[2].
Após esta primeira missão, Armstrong, a mulher dele e um grupo de astronautas e dirigentes da NASA acompanharam o Presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson numa viagem de relações públicas pela América do Sul, visitando 11 países e 14 cidades, com Armstrong impressionando por fazer suas saudações aos povos visitados na língua local. No Brasil, ele chegou a falar sobre sua admiração pelos pioneiros experimentos de Alberto Santos Dumont.[6]
Em dezembro de 1968, Donald Slayton, antigo astronauta do Projeto Mercury e então Chefe do Comitê de seleção de astronautas do Projeto Apollo, ofereceu a Armstrong o comando da Apollo 11, a missão que desceria primeiro na Lua. Esta escolha surgiu de uma reunião semanas antes, entre os principais diretores do programa Apollo, que decidiram que Armstrong seria o primeiro na Lua por causa de seu perfil: era parecido com o grande herói americano Charles Lindbergh, um homem de características discretas e essencialmente técnicas, sem grandes egos. Entre seus colegas, era conhecido pelo comportamento equilibrado, muito "sangue frio", característica que fazia dele um astronauta perfeito.
Câmera de TV externa do Módulo Lunar Eagle mostra Neil Armstrong pisando na Lua Toda a saga de Armstrong, Aldrin, Michael Collins e do voo pioneiro está contada na história da missão Apollo 11. Sua frase épica, "Este é um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade" ao pisar pela primeira vez na superfície lunar, é uma das mais conhecidas na História, mas só veio à cabeça de Neil poucos momentos antes de descer da nave, já pousado na Lua.
Famosa frase de Neil Armstrong ao pisar na Lua Além dos importantes experimentos científicos que ali fizeram, ele e o piloto do Módulo Lunar, "Buzz" Aldrin, fincaram na Base da Tranqüilidade uma bandeira metálica dos Estados Unidos e colocaram uma placa junto a uma das patas de apoio do Módulo Lunar Eagle, assinada pelos astronautas e pelo presidente americano Richard Nixon: "Aqui os homens do planeta Terra puseram pela primeira vez os pés na Lua, em 20 de julho de 1969. Viemos em paz em nome de toda a Humanidade".[7]
Após a volta da Lua e um período de 21 dias de quarentena na Terra, Armstrong e a tripulação da Apollo 11 fizeram uma turnê mundial por dezenas de países, sendo recebidos em triunfo, das trincheiras dos soldados americanos no Vietnã à União Soviética, onde foi recebido pelo premier Alexei Kossygin, conheceu a primeira mulher a ir ao espaço Valentina Tereshkova e foi o primeiro ocidental a visitar o Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin, no Cosmódromo de Baikonur, Cidade das Estrelas, até então um dos locais mais secretos da antiga União Soviética.
[editar] Saída da NASA
Depois de anunciar que não mais iria ao espaço após a saga da Apollo 11, Neil Armstrong retirou-se da NASA em fins de 1970 e tornou-se professor de engenharia aeroespacial na Universidade de Cincinnati, onde permaneceria até 1979.[8] Rejeitou ofertas milionárias de grandes empresas para trabalhar como relações públicas ou em cargos de diretoria, assim como a oferta de todos os partidos políticos que desejavam tê-lo como candidato a qualquer coisa (ao contrário dos ex-astronautas John Glenn e Harrison Schmitt que entraram na política e se elegeram senadores).
[editar] Homenagens
O último ato de Neil Armstrong na Lua foi depositar na superfície um pequeno memorial com os nomes e as fotografias de Yuri Gagarin, Vladimir Komarov, Virgil Grisson, Ed White e Roger Chaffee, os americanos e soviéticos mortos durante o começo das viagens ao espaço, antes da chegada à Lua. De todos, apenas Gagarin não morreu numa nave espacial, mas num acidente de avião, seis anos após seu histórico voo em abril de 1961.
Em outubro de 1978 recebeu do Presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, a Medalha de Honra Espacial do Congresso, criada em 1969 para premiar astronautas responsáveis por feitos excepcionais para a nação e a Humanidade, a maior honraria civil outorgada a um astronauta pelo governo norte-americano. Ele foi o primeiro a recebê-la.[9]
Em 1972 foi recebido com emoção e alegria na cidadezinha de Langholm, na Escócia, berço do primeiro clã Armstrong e agraciado com o título de primeiro homem livre do burgo local. O magistrado-chefe da cidade rasgou então uma lei de 400 anos de idade, que condenava à forca qualquer Armstrong encontrado na cidade, motivo pelo qual os Armstrong emigraram para os Estados Unidos ainda na época das caravelas.[10]
Existe uma pequena cratera na Lua, cerca de 50 km do local de onde alunissou a Apollo 11, e um asteróide, o 6469 Armstrong, batizados em sua homenagem.[8]
Armstrong, quando jovem, foi escoteiro,[5] e em homenagem ao escotismo levou para a Lua e trouxe de volta o distintivo símbolo do Escotismo Mundial. Este distintivo histórico está em exposição permanente no escritório central da Organização Mundial do Movimento Escoteiro em Genebra, Suíça, junto a um certificado assinado pelo próprio Armstrong.
[editar] Vida Pessoal
Casado pela segunda vez, Neil Armstrong levava uma vida discreta, aparecendo somente em solenidades do governo americano relativas a tecnologia espacial e em palestras sobre o passado e o futuro da conquista do espaço. Há algum tempo, mostrou desânimo pelo fato da exploração espacial ter saído do interesse das grandes massas, depois da falta de continuidade de voos tripulados pelo homem para fora da órbita terrestre, sendo inclusive relegada a um segundo plano no currículo estudantil dos Estados Unidos: "O decepcionante é que, anos atrás, eu costumava ouvir que éramos citados nas aulas de ciência. Hoje, eles dizem que aprendem sobre a Apollo 11 nas aulas de História".[11]
Em 1994 Armstrong processou a maior empresa de cartões de crédito da América por usar sua histórica frase ("este é um pequeno passo…") em cartões e decorações de árvores de natal e nunca mais deu autógrafo desde que descobriu que o site E-bay vendia por até 50 000 dólares objetos em mãos de colecionadores autografados por ele e pela tripulação da Apollo 11 e até falsificações vendidas como verdadeiras.
Em maio de 2005 envolveu-se num dos mais inéditos casos de processo por direitos autorais que se conhecem, com seu barbeiro de mais de 20 anos, Marx Sizemore. Depois de cortar os cabelos de Neil, o barbeiro vendeu por U$ 3000 as mechas do cabelo cortado a um fanático colecionador, sem o consentimento ou conhecimento de Armstrong e foi obrigado pelo tribunal a devolver o cabelo ou o dinheiro. Sem ter como reaver os restos de cabelo, Sizemore devolveu os três mil dólares que Armstrong doou à caridade.[12]
Nos últimos dias, Neil havia feito uma cirurgia no coração, para desobstrução das artérias. No entanto, ele não resistiu à doença, morrendo aos 82 anos, conforme divulgaram dados da imprensa no mundo inteiro.
Neil Armstrong foi membro da Ordem DeMolay.[13]
Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias, e desde então estava se recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa. Apesar disto, no dia 25 de agosto de 2012 ele não resistiu às intervenções e acabou falecendo, em Columbus, no estado de Ohio.[14]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neil_Armstrong