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Um estudo académico levado a cabo no serviço de partilhas BitTorrents sugere que a maior parte dos utilizadores que descarregam ficheiros sujeitos a direitos de autor são monitorizados pelos seus titulares
Um estudo académico da Universidade de Birmingham e citado pela BBC revelou que as empresas detentoras de direitos de autor monitorizam as partilhas dos ficheiros cuja propriedade intelectual detêm.
O BitTorrents trata-se de um protocolo de rede que permite a partilha de ficheiros de forma mais rápida. O estudo citado no “site” da BBC diz que os utilizadores que partilhem conteúdos mais populares são monitorizados em três horas.
Neste protocolo de partilha quem descarrega um ficheiro passa, automaticamente, a ter esse ficheiro disponível para partilha. Isso significa que a quase totalidade dos utilizadores partilham os ficheiros mais populares da Internet acabam por ser monitorizados.
Outra fonte de preocupação é que a monitorização de quem viola os direitos de autor não distingue pequenos infractores dos que fazem “downloads” em massa. “Não é preciso ser-se um descarregador em massa. Se se fizer ‘download’ de um único filme fica-se registado”, disse o responsável pelo estudo, Tom Chotia, à BBC.
Entre as empresas que monitorizam estes “downloads” estão, como seria de esperar, organismos responsáveis por ajudar a aplicar as leis da propriedade intelectual, mas também empresas de segurança informática e centros de estudos. Algumas das entidades não foram identificadas pela equipa da Universidade de Birmingham.
Conteúdos mais populares são escrutínados "horas" depois de serem disponibilizados
Se o conteúdo pertencer ao top 100 [dos mais populares] foi monitorizado em horas”, acrescentou. “Alguém vai dar conta [da partilha] e vai registar” os utilizadores que realizam os descarregamentos.
Segundo a BBC, a equipa de académicos que realizou este estudo ficou “surpreendida” com a escala a que ocorre este controlo. As partes que detêm a propriedade intelectual podem utilizar estes dados para combater o descarregamento ilegal de ficheiros – por violação de direitos de autor. Contudo, é incerto como os dados serão utilizados.
“Muitas empresas limitam-se a ficar com os dados. Este tipo de monitorização é fácil de fazer e os dados estão à disposição por isso eles acham que podem, simplesmente, ficar com eles já que podem ser úteis no futuro”, disse Chotia.
Uma das utilizações que pode ser dada aos dados conseguidos sobre a pirataria informática está no próprio esforço de venda dos conteúdos, especulou o académico. “Os dados mostram o que é que é popular e onde”.
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