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General: Brasil e Portugal. Um ano para redescobrir uma relação com mais de cinco séculos
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De: mariomarinho2  (Mensaje original) Enviado: 22/09/2012 16:11

Comemorações do ano de Portugal no país-irmão começaram no início de Setembro. Agora é a vezde o Brasil se mostrar em terras lusas

Dois países encontram-se passados 500 anos, não para se conhecerem melhor, mas para renovarem a imagem que têm um do outro. “Agora” é o lema do Ano Portugal-Brasil, uma iniciativa que quer promover uma redescoberta entre os dois lados do Atlântico.

O Ano do Brasil em Portugal e o Ano de Portugal no Brasil começaram dia 7 de Setembro em Brasília – data comemorativa da independência do Brasil – e terminarão dia 10 de Junho – dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Entretanto, há muita cultura a partilhar e também muitas oportunidades de aproximar os dois países.

As iniciativas que vão acontecer lá e cá envolvem duas comissões que asseguram as actividades que se vão desenrolar em simultâneo: a comissão brasileira é encabeçada por Antônio Grassi, actor e presidente da FUNARTE, que está responsável pelo Ano do Brasil em Portugal. A comissão portuguesa, liderada por Miguel Horta e Costa, antigo presidente da PT e actual vice-presidente executivo do BES Investimento, organiza o Ano de Portugal no Brasil.

A ideia surgiu em 2010, na última cimeira luso-brasileira, onde Lula da Silva e José Sócrates terão acordado o arranque da iniciativa. Para o Brasil, comemorar a sua relação com outros países não é novidade. Em 2005, o país foi celebrado em França, para em 2009 os franceses se mostrarem no Brasil. No ano passado foi a vez da Itália e, a seguir a Portugal, a Alemanha vai marcar presença do outro lado do Atlântico.

“Eu considero esta iniciativa ímpar, pois apesar de já termos este tipo de evento com outros países, acho que o Ano do Brasil em Portugal é muito especial e muito importante, porque coloca em primeiro lugar a língua: o factor que nos une e nos diferencia de todos os outros países”, sublinha Grassi, que acredita que, neste momento, conhecer Portugal é mais do que ouvir fado e que entender o Brasil é mais que ver novelas. “Ainda há muito para descobrir. É claro que a televisão brasileira tem uma presença importante, mas temos muito mais do que a televisão mostra e até do que aquilo que o mercado cultural traz para Portugal. E a verdade é que ainda conhecemos pouco do Portugal contemporâneo e moderno”, acrescenta o comissário brasileiro.

Foi a vontade de mostrar ao Brasil o que há de novo em terras lusitanas que levou Miguel Horta e Costa a aceitar o desafio de comissariar esta iniciativa por Portugal. “Apesar de todos os laços históricos, sociais, económicos e até familiares que nos ligam, o Brasil profundo conhece mal Portugal. Há um Portugal que importa levar ao Brasil e é isso que pretendemos fazer, apresentando um país novo, jovem, moderno e inovador”, assegura Horta e Costa. O empresário português não descura a importância que as relações com o Brasil têm neste momento para o país e defende que, mais que um evento cultural, a iniciativa é “uma oportunidade histórica que pode ter um papel muito importante para os portugueses e para as empresas portuguesas”.

A terra das oportunidades Raquel Patrício, professora auxiliar no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, doutorada pela Universidade de Brasília, considera que esta é uma altura desejável para uma maior aproximação económica entre os dois países. “Hoje, o dinamismo económico do Brasil contrasta com a crise por que Portugal passa”, diz a professora, que considera que “o Brasil surge como uma opção viável para a diversificação dos mercados portugueses de exportação e como nova fonte de provimento de capital”.

Também Miguel Horta e Costa sublinha a situação financeira dos dois países para reforçar a importância da iniciativa. “Portugal está a viver uma crise financeira e económica, sujeito a um programa de austeridade extremamente pesado, enquanto o Brasil é a sexta economia mundial”, relembra o comissário, que no alinhamento das actividades para o Ano de Portugal no Brasil não quis limitar o intercâmbio à cultura. “Fizemos uma aposta na área da economia e na área empresarial, cobrindo também a educação, a ciência e o desporto. Queremos surpreender o Brasil”, reitera Horta e Costa, que era presidente da PT quando esta criou a Vivo e, por isso, acabou por “viver muito a aposta que Portugal fez nas telecomunicações brasileiras”.

Para o professor emérito da Universidade de Brasília e autor do livro “A parceria inconclusa: as relações entre Brasil e Portugal” (2012, Fino Traço), Amado Luiz Cervo, esta pode ser a altura para “resgatar” as relações luso-brasileiras. “A participação de grandes empresas no evento poderá, sim, resgatar o projecto que vinha de Mário Soares e de sucessores, no sentido de estabelecer a parceria económica substantiva entre Brasil e Portugal, reproduzindo de certo modo a experiência entre Inglaterra e Estados Unidos”, diz Cervo, que antevê a retoma do “vínculo dinâmico” que os dois países mantinham até “a opção estratégica europeia de Portugal ter passado a prevalecer sobre a alternativa brasileira”.

Dois povos, uma FAMÍLIA Mas abrir caminho a uma parceria mais estreita entre os dois países pode não ser fácil quando a percepção que têm um do outro ainda está longe da realidade.A imagem de Portugal ainda hoje está muito marcada por estereótipos da emigração portuguesa do final do séc. XIX, princípio do séc. XX. Claro que houve momentos importantes em que essa imagem foi actualizada pelos investimentos nos anos 90 das empresas portuguesas. Mas o Brasil ainda não tem a imagem de Portugal que nós ambicionamos”, explica Horta e Costa, que com o Ano de Portugal no Brasil quer que “os brasileiros se apaixonem por Portugal”.

Mas se a paixão é algo difícil de manter, o amor ainda existe. Luiz Cervo considera que entre os dois países ainda se mantém “um elo de atracção e simpatia que permanece entre ambas as nações há séculos, como substrato e reserva de energia”. “Portugal nunca deixará de ser visto como parceiro interessante pelo Brasil, isto é, pelos especialistas em relações internacionais, pela intelectualidade e pelo povo, o povão brasileiro, que por certo ama Portugal”, acrescenta o professor. Antônio Grassi reforça esta ideia dizendo que, através destas iniciativas, “é muito importante que possamos estreitar estes laços ancestrais e manter a relação entre os povos”. “Nós, brasileiros, sempre que chegamos a Portugal, é uma descoberta! Vemos a nossa cara, um pouco da nossa gente.” Também Joaquim Pedro Pena, conselheiro da embaixada do Brasil em Portugal, denota este “aspecto de familiaridade” entre as duas nações, mas há ainda, sublinha, “uma riqueza a ser descoberta”.

Para o conselheiro, mudar a imagem do Brasil junto dos portugueses também é urgente. “O grande mérito do Ano Portugal-Brasil é renovar a imagem que temos dos dois países e reforçar a diversidade que os dois países têm para oferecer um ao outro. O Brasil tem um lado moderno e inovador. É verdade que temos muitas praias bonitas, mas queremos dar a conhecer as nossas metrópoles, como São Paulo, ou a nossa arquitectura, em Brasília e no Rio”, afirma Joaquim Pedro Pena. No entanto, o aumento do desemprego em Portugal e a falta de oportunidades levou a que a sociedade portuguesa já tenha iniciado esta redescoberta. “Hoje, o Brasil não é apenas praia, sol, futebol e carnaval. O Brasil é, para os portugueses, um país estável e credível para onde se dirigem cada vez mais, procurando melhores condições de vida”, explica Raquel Patrício.

Uma base sólida Mais que um ano a celebrar duas culturas, os comissários dos dois países querem alicerçar um entendimento a longo prazo. “Queremos que esta aproximação se possa consolidar a ponto de transformar a nossa relação depois do final das comemorações”, afirma Antônio Grassi. O comissário português partilha desta ideia, mas tem também outra missão. “Por ano, há 500 mil brasileiros que aterram em Lisboa e não saem do aeroporto”, diz Horta e Costa, referindo-se aos brasileiros que fazem escala em Lisboa para chegar a outros pontos do continente europeu. Fazê-los sair da Portela e aliciá-los a conhecer Portugal é um dos seus desígnios.

 

 

 

http://www.ionline.pt/mundo/brasil-portugal-ano-redescobrir-uma-relacao-mais-cinco-seculos

 



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De: mayrameireles Enviado: 22/09/2012 17:52
Adorei a lembraça de aqui postar. Beijinhos, Mayra

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 4 en el tema 
De: mariomarinho2 Enviado: 22/09/2012 18:00
Sempre às ordens, Madame

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 4 de 4 en el tema 
De: mariomarinho2 Enviado: 22/09/2012 18:00
Sempre às ordens, Madame


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