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JUSTIÇA: Rui Rio critica "julgamento na praça pública" de ex-governantes socialistas
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De: MMMarinho (Mensaje original) |
Enviado: 30/09/2012 22:20 |
O social-democrata Rui Rio criticou hoje o "julgamento na praça pública" de ex-governantes socialistas no inquérito às Parcerias Público Privadas (PPP), apontando a necessidade de fazer "rupturas" e abrir "novos horizontes" na área da Justiça.
"Como é que os jornais souberam que foram feitas buscas [domiciliárias]? O julgamento na praça pública em nada abona a favor da investigação", disse o presidente da Cmara do Porto, na sessão de abertura da segunda Reunião Anual da Justiça Administrativa (REAJA), subordinada ao tema "A Justiça Administrativa em Tempos de Crise".O autarca referia-se a Mário Lino, António Mendonça e Paulo Campos, os ex-governantes socialistas alvo de buscas domiciliárias no mbito do inquérito às PPP, lamentando que a informação sobre a investigação tenha passado para a comunicação social."Estas pessoas não são do meu partido, não me dei bem com elas, fui das pessoas que mais apontei a necessidade de uma investigação às PPP, mas não é correto, é ter falta de sentido de Estado, não apontar estas situações", afirmou.Para o edil, "não pode ser este o caminho, os julgamentos não podem ser feitos na comunicação social"."Não é admissível dar contributos para isto aconteça", sublinhou. Rui Rio acha que “a investigação está muito bem” e até “já devia ter sido feita há mais tempo”, mas defende que “o julgamento na praça pública em nada abona a favor da democracia”.Admitindo ter tido “relações dificílimas com Mário Lino”, nunca ter andado “aos abraços” com António Mendonça e não ter “relação nenhuma” com o ex-secretário de Estado Paulo Campos, Rio diz não poder “ficar contente” com as revelações desta semana. “Não pode ser este o caminho. Com este caminho vamos mal. O julgamento não se pode fazer na comunicação social nem é admissível, seja quem for, dar contributos para que assim seja”, criticou. Rio ataca o caminho “completamente errado” que tem vindo a ser seguido na justiça.“Não vejo como é que isto possa acabar bem, se não percebermos que as coisas têm de mudar e que, como as coisas estão na justiça, não pode ser. É tempo de alterar as coisas”, destacou.Atribuindo a culpa da crise económica nacional a “outras crises mais profundas e estruturais”, Rio apela a uma reforma desapaixonada, independente e frontal.“Toda a gente tem de meter a mão na consciência, de forma desapaixonada, de forma independente, de forma séria, com frontalidade e coragem, para fazer a ruptura necessária para abrir novos horizontes, que é aquilo que Portugal mais precisa neste momento para dar esperança às pessoas”, afirmou. Sem isto, o autarca não vê “nenhuma forma positiva de acabar com lamentável situação” do país, em que a crise económica é apenas o “resultado doutras crises mais profundas e mais estruturais da sociedade”.Falando em “erros políticos acumulados” e “decisões erradas tomadas por pessoas que sabiam estar a tomar a decisão errada”, Rio apontou o dedo ao desgaste do regime.“Isso é normal. Não há nada que seja eterno. A sociedade mudou e o regime não se adaptou. Receita não tenho. Tenho é muitas ideias que podem melhorar as coisas”, disse.
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