A. Pundit filósofo indiano, dizia que «É melhor ser NINGUÉM que produz alguma coisa, do que ALGUÉM que não produz coisa nenhuma» Pois é, ou como dizia minha Mãe e meu Pai,uma frase de Hubbard, «Gente sem conta confunde má direcção com destino.»Vivemos num tempo em que o melhor da sociedade portuguesa é posta de lado pelos poderes públicos. O melhor da sociedade portuguesa está na sua classe média: a classe trabalhadora que produz, e na sua essência, tem o verdadeiro poder nas suas mãos. Não são os que se julgam mandatários da votação mais ou menos "recomendada" a que nos vem habituando os partidos políticos que verdadeiramente mandam no país. O poder está disseminado por direções gerais, repartições, governos civis, governos regionais, cmaras municipais, administrações escolares e outras. O verdadeiro poder está pois, muito longe dos governos centrais, que se limitam a executar as leis discutidas na Assembleia da República, a dar ordens e contraordens que vão minando a economia do país, gastando o que há no erário público e o que não há, protegendo os seus amigos, com arranjos de empregos com altos proventos, num "amiguismo" confrangedor e que lamentavelmente só reflecte o pouco valor do protector e do protegido. E os casos são muitos, a tal ponto que andando apontados a dedo na Imprensa, na internet, etc, ainda não vi nenhum dos governantes desmentir ou mostrar-se ofendido por possíveis erros contidos nessas notícias.
E vendo isso, os governos, especialmente os do partido socialista tem vindo a retirar o poder a essa classe, maltratando-a, vilipendiando-a, retirando-lhe garantias de emprego, de disciplina, de ordem pública, provocando o desinteresse de quem trabalha, tanto mais que, por norma, colocam à frente dos serviços indivíduos sem competência técnica, educacional e profissional, sem crédito e sem critério, exactamente para ter essa gente na mão e minar os verdadeiros alicerces da República e da Nação. Nota-se desinteresse em todas as situações políticas, mesmo aquelas que deviam interessar aos portugueses. As atenções e força de um povo vão sendo canalizadas para os campos de futebol, para férias fora do País, para as coisas mais comezinhas a que um ser humano pode
chegar, deixando os grandes problemas nacionais ao arbítrio de quem governa, fazendo e desfazendo o que bem lhe apetece, nas costas do povo que o elegeu e que lamentavelmente está completamente desinteressado do que se passa na política do seu país, no mau governo que tem e na economia que está de rastos. Nem mesmo as notícias de que o país vai emprestar à Grécia, pais na bancarrota, 2,64 biliões de euros, o faz virar a cabeça e pelo menos traduzir em manifestações públicas o seu desagrado. Aos portugueses deram-lhes a liberdade, mas não lhe deram miolos para sentirem na pele tais desaforos. Dá a impressão que a democracia os castrou de tal forma, que já nem sentem os efeitos das várias crises que já aí estão e as outras que estão para vir. É isso.
José de Viseu
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