De preto e branco me vesti
quando naquele dia sai para te ver
e conforme o combinado
num daqueles cafés do Chiado
esperaria por ti, e lado a lado
desceriamos até ao Tejo
que á muito não vejo,
e ali olhando o mar
veria o tempo passar
como mastro dianteiro
carregando consigo
toda esta velha Lisboa!
E ali onde a poesia prima e faz rima
e onde o sonho voa no entardecer
tiro meu chapéu de aba larga,
os braços longos estendidos
esperando por ti!
São Percheiro