José Ilidio De Vasconcelos
há 6 minutos ·
A ESPERANÇA...
É a palavra mais falada no momento político que vivemos em Portugal. A Esperança, que tem como virtude o desejo de tempos melhores, de mais justiça social, de mais honra, de mais competência, de mais verdade e sobretudo de que finalmente sejam destruídos os tempos de banqueiros desonestos, acabadas finalmente as máfias que destroem o País e a consciência colectiva de um Povo. A Esperança de um Povo está agora a esfumar-se entre os ditames de um Governo e de um Parlamento que, com excepção de alguns clarividentes políticos, nada respeitam e pouco ou nada conhecem da vida. O Povo, tal como o burro de Sancho Pança, aguenta tudo. Aguenta a podridão dos políticos, a forma como usufrui de regalias que são negadas aos demais, a forma como se esbanjam capitais que pertencem ao Povo, em luxuosas vivendas, em luxuosos automóveis, em passeatas por todo esse Universo, em reuniões caricatas que demonstram bem o pouco carácter e dignidade de quem as frequenta. Grandes almoçaradas, grandes risotas, boa disposição de quem nem sequer tem consciência do mal que está a infligir a quem trabalha e trabalhou durante uma vida inteira para ter uma velhice descansada, tranquila e merecida, pois deu parte da sua existência ao bem comum, ao trabalho dignificante servindo um Estado que agora lhe volta as costas, esquecido de que tudo deve à dignidade e ao esforço de gente a quem tudo deve para usufruírem eles,os políticos de agora, da enorme herança, económica e honrada, que não merecem.
E ao que parece temos mesmo que perder a Esperança pois tal como Franklin dizia: «AQUELE QUE VIVE DA ESPERANÇA, MORRERÁ DE FOME"...
É isso que eles querem e é isso que não merecemos.