Exílio
Existe um lugar no tempo
De um novo amanhecer
Onde o dia chega leve
A tempestade se esvai
E as flores voltam a crescer
Eu vivo nas grades frias
Enjaulada em aflição
Prendendo as horas nos dedos
Entre o silencio da noite
Dos anos que ainda virão
A minha canção é trégua
Minha luta pede paz
Entre os tiros no escuro
Clamando entre as estrelas
Fugindo dos temporais
Caminhando entre feras
Olhares de animais
Com garras inconscientes
Prende qual presa entre os dentes
Rasgam, ferem e querem mais
Se a existência é sentir
Entre o medo a aceitação
Dor revestidas de sonhos
Penas de duras verdades
Pinceladas na emoção
Eu deixo o tempo que resta
Entregue ao véu do luar
E a luz que passa na fresta
Desperta uma esperança
De um novo rumo encontrar
Ane Franco
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