Realmente, a compaixão é o tratamento mais elevado e mais justo que devemos prestar àqueles que nos ofendem.
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Quem sofre com paciência e perdão, solve a dívida do passado ou acumula créditos no porvir, todavia, quem gera flagelação para os outros, não sabe quando conseguirá extinguir a flagelação em si mesmo.
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Sempre que insultado pelas trevas da incompreensão, guarda a serenidade e auxilia sempre.
A cabeça do calculista, que se aproveita do raciocínio para estender a penúria, pode amanhã transformar-se no esconderijo da loucura, e as mãos que apedrejam serão talvez mirradas pela atrofia.
A alma do desertor encontra os fantasmas que teme e o verbo do maldizente talvez amanhã será compelido a dolorosa mudez.
Os olhos que se alegram na crueldade conhecerão a cegueira e os pés que se movimentam na distribuição da calúnia passarão, muitas vezes, por terríveis mutilações.
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Compadece-te de todos os que se confiam ao mal, porque ninguém sabe quantas lágrimas chorará o mandante do sofrimento nas grades do remorso, para lavar-se contra o lodo da culpa.
Arma-te de coragem para fazer o bem, ainda mesmo que espinheiro e nuvens, fogo e fel te cruzem a jornada escabrosa na Terra, porque só o bem é capaz de fundir as algemas do ódio, convertendo-as em divinos laços de amor.
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Recorda o Cristo, bendizendo aqueles que Lhe chagaram o coração e segue adiante, abençoando e servindo sempre, na certeza de que os carrascos de hoje serão, sem dúvida, os penitentes de amanhã, sentenciados não por ti mas pelo estigma do remorso que lavram, desprevenidos e insensatos, em desfavor de si mesmos.