DESPRENDIMENTO
Ane Franco
Tenho em meu olhar a liberdade pura
Uma onda imprevisível na tempestade do mar
A minha cabeça alcança a solidão da lua
Desvendando estrelas
Dominando o ar
Busco no silêncio a força da magia
Sob o temporal de sonhos preparo uma poção...
E vou servindo em cálices prendendo almas insanas
Em um ritual pagão
A minha pele exala perfume e poesia
A emoção que embala em um dom tão natural
Com gotas tão envolventes
desprendendo-se em carinho
E pelo céu se espalham qual fagulhas de cristal
Tenho um coração sensível e apaixonado
Trago um sorriso sereno que ilumina os namorados
O corpo aceso em brasa sob as chamas do pecado
A alma despreendida, solta, leve enluarada
Nas mãos tenho o risco da vida
e em punho uma espada
Ane Franco