Vestida em poucas rendas,
em lingerie toda preta...
Meu perfume te deixa louco.
Deixo versos na cama,
ao meu homem-menino poeta...
Assim tão de repente,
quando me chega encantado,
de me ver tão transparente
a pele, o desejo... Não camuflado.
Em seda macia eu tento...
Cobrir um pedaço do corpo
Onde seus olhos vivos alcançam,
por detrás do pano tão negro.
Meu coração revelado.
Você me toca com todo cuidado.
Me despe com jeito e calma.
Alcança o desejo da alma.
A entrega é total...
Seus dedos me trazem prazer.
Seu corpo tão teso...
Meu corpo tão mole...
Como se fosse desfalecer.
Como amantes saciamos,
nossos desejos ocultos.
Sua boca em minha boca,
calados, em terna procura.
Nossos corpos entrelaçados,
na mais perfeita das danças.
Onde o que importa é conseguir
chegar ao clímax em orgasmos.
Para depois descansar...
Ainda com grandes espasmos.
E pensar que tudo recomeça...
Por causa de uma simples peça...

Sol Lua©