AMOR
O amor que te tenho, não merece definição. O amor que guardo em meu peito merece o silêncio A pausa entre as palavras, nuas. O que sinto é longe de uma obsessão Longe, mas ao mesmo tempo perto. Se queimando no fogo de uma paixão.
O amor não é algo parado, fixo Ele está em constante movimento Ele se recria, se aloja nos peitos alheios Ele nos derruba com uma força descomunal Para nos levantar com clemência sobre a nossa condenação.
O amor é o indefinido, aquilo que é próprio dos loucos. Ele brinca com minha sanidade Para depois se aconchegar em meus sonhos, e dormir O amor espera com malicia cada passo que damos, Ele rege ,descompassado, uma sinfonia luminosa Que cega nossos olhos, dando-nos uma nova perspectiva sobre nós mesmos.
Na medida em que vivemos, não descobrimos o amor. Ele não pode, não deve ser definido Mal pode ser entendido, ele é a força vital Que me faz respirar, que me joga nos mais fundos abismos E logo em seguida com um sorriso amarelado, Me levanta do chão sobre o qual desabei.
Ele me devora pouco a pouco. Me deixa meio inteiro, Meio morto Quase metade do ser que sou, Devastado, porém forte, ainda resistente. Persistente na minha própria derrota.
O amor ri de nossos atos racionais. Ele nos leva pelo caminho inconseqüente de nossas ações, E se seguimos em linha reta, Ele chora na forma de chuva, E nos encharca de sangue e poesia.
O amor, é meu alimento, Minha alma, minha dor O amor é meu ser, Ele queima no meu espírito Para adormecer no meu coração.
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