HISTÓRIA DE NATAL
(O texto abaixo me foi contado por meu Pai,
Sr. Antonio e passou a fazer parte de minha vida).
Paulo Monteiro
Meu pai morava em uma fazenda no interior de São Paulo, juntamente com meus avós e meus tios. Trabalhavam nas lavouras de café de uma família italiana. Pode se dizer, sob o regime de semi-escravidão. O pouco salário que recebiam tinha como destino o armazém montado na própria fazenda, que também pertencia ao fazendeiro. Compravam o básico: farinha, feijão, arroz e fumo. Como o salário era pouco, mês a mês a dívida com o armazém aumentava. A situação ficou insustentável.
Então um dia, num lampejo de coragem e revolta, meu tio Amaro, então com dezesseis anos, reuniu a família e anunciou: -Vou para São Paulo. Vou arrumar um emprego, uma casa para morarmos e então volto para buscá-los! Meu avô achou um absurdo. Minha Avó ficou assustada. Os outros irmãos, todos mais novos, não entendiam o que estava ocorrendo... E assim aconteceu. Amaro foi para São Paulo sozinho. Conseguiu um emprego nas Indústrias Matarazzo e alugou uma pequena casa na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, então um bairro operário em sua maioria. Voltou para o interior para buscar a família, fizeram a mudança na calada da noite, tinham medo do dono da fazenda, afinal estavam com uma grande dívida no armazém.
Quando chegaram em São Paulo, meu tio Amaro conseguiu emprego para seu pai e um dos irmãos (um pouco mais novo do que ele) na mesma fábrica. Minha avó lavava e passava roupas em casa para conseguir um pouco de dinheiro. Meu pai era muito pequeno na época.
Até que chegou o Natal. As ruas se enfeitaram. Na escola, meu pai ouviu falar de Papai Noel e ficou entusiasmado. Quando vivia na fazenda, nunca havia ouvido falar de tal pessoa, alguém que distribuía presentes para todas as crianças.
Enfim, chegou o dia do Natal. Meu pai estava em sua casa quando ouviu sinos do lado de fora, correu para o portão com o coração aos saltos. Ali ele viu Papai Noel chegando. Estava em uma carroça, puxada por cavalos, com sua roupa vermelha, balançando um sino. Ele ia parando nos portões das casas, tocava o sino e entregava presentes para as crianças. A carroça foi se aproximando do portão da casa de meu pai e ele foi ficando cada vez mais contente, a emoção parecia sufocar-lhe...
Mas qual não foi sua surpresa quando a carroça passou por ele e não parou, ele não entendia. Observou que Papai Noel parava apenas em algumas casas. Meu pai correu para dentro de casa e com lágrimas nos olhos perguntou à minha avó: -Mãe, por que Papai Noel não parou em nossa casa? Porque somos pobres?
Minha avó, com muita delicadeza evitou explicar que aquele homem vestido de Papai Noel havia sido contratado por alguns vizinhos de maior poder aquisitivo para presentear seus filhos. Preferiu dizer-lhe que no próximo ano seria diferente. Mas não foi.
Meu pai cresceu e se fez um homem muito sério, muito trabalhador, com uma bondade e generosidade infinita. Sempre ajudou as pessoas, foi um modelo para mim. Porém, o Natal sempre o deixava amargurado, quieto e triste.
Papai faleceu em maio último em meus braços.
Foi para junto de minha mãe, que já está no céu.
Sempre que posso, visto-me de Papai Noel em dezembro para alimentar a fantasia de algumas crianças. E procuro não deixar nenhuma delas de pé, em seu portão, aguardando algo que só o coração infantil pode esperar e guardar.
Para o resto da vida.
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Bom Dia!
Boa Tarde!
Boa Noite!
Feliz Sextafeira!
Feliz Fim de Semana!
Beijos 1000!
Tradução do português para espanhol
HISTORIA DE NAVIDAD
(El texto siguiente fue que me contó mi padre Antonio,
el señor y se convirtió en parte de mi vida).
Paulo Monteiro
Mi padre vivía en una granja en São Paulo, junto con mis abuelos y mis tíos. Trabajó en las plantaciones de café de una familia italiana. Se puede decir, bajo el régimen de semi-esclavitud. Los bajos salarios que recibieron fue la partida para el almacén montado en la finca, que también pertenecía al propietario. Compraron los conceptos básicos: harina, frijoles, arroz y tabaco. Debido a que la paga era poca meses, por mes la deuda con la tienda creció. La situación se hizo insostenible.
Entonces un día, un destello de coraje y rabia, mi tío Amaro, entonces dieciséis años, reunió a su familia y anunció: "Voy a Sao Paulo. Voy a conseguir un trabajo, una casa para vivir y luego volver a conseguir! Mi abuelo se encuentran absurdo. Mi abuela tenía miedo. Los otros hermanos, todos jóvenes, no entendía lo que estaba pasando ... Y así sucedió. Amaro fue a Sao Paulo. Él consiguió un trabajo Industrias Matarazzo y alquilaron una pequeña casa en la Avenida Brigadeiro Luis Antonio, a continuación, un barrio de clase trabajadora en su mayoría. Él volvió a entrar a buscar a su familia, hizo el cambio en la oscuridad de la noche, tenían miedo del propietario de la finca, después de todo estaban con una gran deuda con el almacén.
Cuando llegaron a Sao Paulo Amaro mi tío consiguió un trabajo para su padre y un hermano (un poco más joven que él) en la misma fábrica. Mi abuela lavaba y planchaba la ropa en casa para conseguir algo de dinero. Mi padre era muy joven en ese momento.
Hasta que llegó la Navidad. Las calles se adornan. En la escuela, mi padre se enteró de Santa Claus y fue emocionado. Cuando vivía en la granja, nunca había oído hablar de esa persona, alguien que repartió regalos a todos los niños.
De todos modos, llegado el día de Navidad. Mi padre estaba en su casa cuando escuchó las campanas de fuera, corrió hacia la puerta con el corazón palpitante. Allí vio a Santa que viene. Fue en un carro tirado por caballos, con su traje rojo, balanceando una campana. Estaba parada en las puertas de las casas, la campana sonó y dio dones a los niños. El carro se acercaba a la puerta de la casa de mi padre y él estaba feliz, la emoción parecía ahogarlo ...
Pero ¿cuál fue su sorpresa cuando el carro le pasó y no se detuvo, él no entendía. Señaló que Santa se detuvo en apenas unas pocas casas. Mi padre corrió a la casa y llorando le pedí a mi abuela, "Madre, ¿por qué Santa Claus no se detuvo en nuestra casa? ¿Por qué somos pobres?
Mi abuela, muy suavemente evitó explicar que el hombre vestido como Santa Claus había sido contratado por algunos vecinos con mayor poder adquisitivo para dar a sus hijos. Prefirió decir que el próximo año sería diferente. Pero no fue así.
Mi padre creció y se hizo un hombre muy serio, trabajador, con una infinita bondad y generosidad. Siempre ayudado a la gente, fue un modelo para mí. Pero la Navidad siempre le dejó amargo, triste y silencioso.
Papá murió en mayo pasado en mis brazos. Fue a mi madre, que ya está en el cielo. Siempre que puedo, me vestí como Santa Claus en diciembre para alimentar la fantasía de algunos niños. Y tratar de no dejar que ninguna de ellas de pie en su puerta, esperando a algo que sólo el corazón puede esperar y salvar a los niños. Para el resto de la vida.
Buenos Dias!
Buenas Tardes!
Buenas Noches!
Feliz Viernes!
Feliz Fin de Semana!
1000 Besos!