Noite alta, tarde densa,
de memória em memória, reacendo meu calendário
passando, vagarosamente, meu caminho, de pedras fartas,
de lasso inconveniente e de figurinhas desmaiadas e solitárias.
Noite alta, lua dormente,
aleluia ascendente em minh´alma.
Vai-se, com claridade, amanhecendo,
enquanto procuro minhas figurinhas novamente.
Cálido, o peito aberto, em festa, calado,
na desobrigação de ser ou estar sem ir-se
e, sorrateiramente, balança minha testa e meus pensamentos.
Enquanto a ventura me aguarda,
coleciono as peças do meu calendário imprescindível,
Em vôo rasante de volta às minhas lembranças.