Escrevo por absoluta necessidade
De fazer do meu intimo, a amostragem:
Um grito, uma angustia, uma saudade
Um libelo, um discurso, uma bobagem.
Escrevo porque eh inexplicável
Essa mania, esse frenesi desesperado:
Viajar no abstrato, no improvável,
No sonho que dormindo não eh sonhado.
Escrevo para abrir minhas feridas
Que em versos vão sendo exibidas:
Sangradas, purgadas de qualquer jeito.
Escrevendo vou também dissimulando:
Por palavras, emoções eu vou trocando;
Escrever enfim, desincha o meu peito.