êXTASE
Lentamente teus olhos emergem de um espelho que reflete toda a tua beleza resplandecida num brilho lunar Tua imagem parece distante, vejo tua face pensativa, silenciosa como retornando de mares de escuras águas
Acaricias o rosto com os dedos trêmulos tua indomável alma estremece sob véus de carmim Deixas-te envolver em meus braços que já te sentem por inteiro, numa entrega total seguindo o compasso melodioso de um ritual milenar
É o êxtase puro de um amor, o nosso amor, que atravessa os séculos, clamando por este reencontro Sinto em tua pele que sorves minha nsia há muito guardada e dentro do meu peito a emoção explode em loucas gargalhadas Surges do alto como uma imagem profana como uma fera enjaulada, em seu cio...
Teu grito contido explode, como em ecos por entre os vales das montanhas Teus labios entreabertos devoram-me a alma Pouco a pouco teus cabelos vão prenchendo meus sonhos e sinto apertá-los em minhas mãos
És uma Deusa pagã que retornas a mim atravessando o tempo, para crepitar em meu fogo, e beber na taça do meu desejo Tua boca vermelha e teu olhos negros como música celestial, convidam-me ao inferno porque sei que amanhã encontrarei em minha cama somente uma rosa vermelha que germinou no inverno
Alberto Peyrano
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