Não sou mais como eu era antigamente
Não sonho mais os mesmos sonhos de antes
Não sorrio mais com a alegria de sempre
Não componho mais com inspiração pulsante.
Não agüento mais a rotina diária
Não suporto tais pressões secundárias
Não invento mais poesias cortantes
Não me importa mais sua presença distante.
Não prendo mais no teu jogo de amor
Não me falta mais do tédio a dor
Não me entrego demais por medo ou razão
Não intriga mais meu corpo em solidão.
Não pratico mais a verdade inventada
Não me arrisco mais na contramão das palavras
Já não falo de mim com a voz embargada
Nem me culpo pela paz de não sentir mais nada.
ABSINTO.
ME ORGULHO DO MEU IDIOMA