"O céu e o mar são azuis.
A felicidade também ...
com bolinhas da mesma cor."
O poeta estava certo, agora eu sei
passei o dia procurando no céu
as bolinhas da felicidade
e as descobri, intensamente.
Só que não eram as minhas
mas um dia poderão ser.
Estavam lá, entre as nuvens
entre as ondas do mar
pulavam como peixes ao sol
esvoaçantes como borboletas
belas como nunca vi igual...
Como será que o Poeta descobriu
como será que viu, sentiu...
será que procurou também?
Ele só não me contou, como faz
para as nossas bolinhas criar
soltar ao céu, vendo-as voar.
Conta, Poeta, um dia, conta, vai...
Não seja mau, bem que a mãe dizia
que é o que todo mundo fazia
contar o milagre, mas não o santo.
Mas eu hei de descobrir
mesmo que tenha que navegar
por esse imenso céu e mar
de encontro ao amanhã, talvez
porque no ontem não está jamais
bolinhas de felicidade, e menos ainda
essa alegria das palavras
que dançam pela vida, displicentes
sem compromisso, irreverentes
como devia sempre ser, todo viver!
Obrigada, Poeta, pelo mapa da mina
quando encontrar, minhas bolinhas
eu mostrarei em verso e prosa
sempre espalhafatosa,
como gosto de ser...e você verá no céu
junto com elas, fogos de artifício
para comemorar essa alegria imensa
que é ser feliz!!!