De Corpo e Alma
Marise Ribeiro
Ofereço-me a ti, inteira,
sem freios, sem medidas,
enquanto meu corpo pedir...
e mesmo que a alma se agite
vou procurando sentir
onde chega seu limite.
Minh'alma é frágil, sensível,
como uma peça de cristal,
não quer se pôr em fragmentos
nem se imolar em padecimentos
se a ela fizeres mal.
Luta contra meu corpo promíscuo
que se entrega fácil aos teus acenos
de convites ao amor...
Reluta em responder aos teus apelos...
tem medo de não agüentar,
e como o corpo se enredar.
De repente, meu corpo viaja no instinto...
a alma recôndita grita...
e como uma rosa sensível
que perde as pétalas ao vento,
encontrando-se nua e dominada,
ao prazer rende-se alucinada.