Se me quer, converta o caminho e volte. E dos meus lábios maduros, colha o fruto. Pois descobri, será sempre você meu Norte. E dessa necessidade estranha, não me furto. Vem, sussurra os versos da tua poesia. Derreta o gelo dessa longa madrugada. Soletrando meus sonhos, a pele acaricia. Mergulha tua latência na alma represada. Então entrarei em tuas frestas, teus vãos. Te acolhendo feliz, lnguido em meu regaço. E deitaremos as margens do nosso cansaço. E quando outra vez na desmedida amplidão. Se for e me deixar no silencio abissal, no breu. Leve meu coração que será para sempre teu.
(Glória Salles)
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