A TELA Humberto Soares Santa
Com cor iluminei a minha tela. Abri luz, pondo o Sol mesmo defronte. Pintei o mar e colori a vela Dum barco, que acenava no horizonte.
Intentei colorir o infinito Para pintar da vida, a sua fonte. Mandei a cor no eco do meu grito Mas o grito não foi além do monte.
A tela ficou triste, não tem vida Nem sequer colori sua nascente Que se encontra no azul adormecida,
Talvez em embrião ou em semente. Eu queria hoje, a vida colorida Porque amanhã, talvez não seja gente !
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