A Dor do Amor
Flori Jane
Oh! Pungente dor
Que o meu coração lacera
Aquietar-te um dia, quisera!
Mas, se sem medidas ainda te amo
E de ti, por inteiro, tornei-me prisioneira
Enredada nas teias insólitas desta paixão
Padeço, inutilmente, em meu sofrimento
Não sei dizer o quanto hei de aguentar ainda
Sem o teu corpo para me amparar
Cansei-me de adivinhar-te em loucos devaneios
Liberta-me dos grilhões que um dia criei!
E se foi a dois que este amor se fez...
Ajuda-me agora a varrê-lo do peito
Ou, então, ajuda-me a limpar direito
Os estragos que deixastes ao me abandonar
Oh, sentimento infértil, que meu coração constrange
Deixando-me inerte, no mais puro desalento
A viver apenas pela metade
Que a outra parte, roubou-ma o teu olhar
Deixando-me assim, em completo desamparo
Sem saber se tudo que houve foi em vão
Rouba-me de vez a alma, já que o coração
Partiu-se há muito tempo nesta solidão.
Oh...incansável paixão
Que, sem piedade, o meu coração consome
Aquietar-te um dia, quisera!