Eu queria chorar pelos que não choram. Eu queria chorar pelos olhos secos, Pelos olhos que são fontes Onde as mágoas se purificam e se libertam.
Eu queria chorar pelos corações feridos E que sangram obscura e silenciosamente. Eu queria chorar pelas almas mártires Que estão invisivelmente entre nós.
Eu queria chorar pelos indiferentes E pelos que escondem num sorriso As decepções de uma incompreendida bondade.
Eu queria chorar pelas almas fechadas, Pelas almas que são como os desertos E que não conhecem a liberdade das lágrimas.