Olho a sua boca
Olho a sua boca. Tanto que vem o punhal da luz levar-me os olhos. O carvão, a cinza dos meus olhos.Os seus. A sua boca,o sulco onde me pergunta e eu respondo. A morrer, a olhar anavalhado o seu brilho bravio. Sons de sirenes, uivos, estrondos, desabamentos, ravinas donde rompe o amor. A sua boca.
(Joaquim Manuel Magalhães)
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