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CULTURA: A Vida e a Obra de Candido Portinari
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Respuesta  Mensaje 1 de 1 en el tema 
De: Bete  (Mensaje original) Enviado: 02/08/2009 11:07
A Vida e a Obra de Candido Portinari
Candido Portinari
Candido Portinari
Retirantes
Retirantes - Série Retirantes
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Mestiço - 1934
Óleo sobre tela - 81x61 cm
 
Candido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodoswki, no Estado de São Paulo.
 
Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária de desde criança manifestou sua vocação artística.
 
Aos 15 anos foi para o Rio de Janeiro e matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes.
 
Em 1928 conquistou o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes.
 
Em 1930 foi para Paris, onde permaneceu durante todo o ano e retornou para o Brasil em 1931, onde começou a retratar o povo brasileiro.
 
Em 1935 obteve o seu primeiro reconhecimento no exterior: a Segunda Menção Honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, EUA, com uma tela de grandes proporções intitulada CAFÉ.
 
A inclinação muralista de Portinari revelou-se com vigor nos painéis executados no Monumento Rodoviário situado no Eixo Rio de Janeiro – São Paulo, hoje “Via Dutra”, em 1936, e nos afrescos do novo edifício do Ministério da Educação e Saúde, realizados entre 1936 e 1944.
 
No final da década de trinta consolidou-se a projeção de Portinari nos Estados Unidos.
 
Em 1939 executou três grandes painéis para o pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York. Neste mesmo ano o Museu de Arte Moderna de Nova York adquiriu sua tela O MORRO.
 
Em 1940, participou de uma mostra de arte latino-americana no Riverside Museum de Nova York e expôs individualmente no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York, com grande sucesso de público, de crítica e de venda.
 
Em dezembro de 1940, a Universidade e Chicago publicou o primeiro livro sobre o pintor, PORTINARI, HIS LIFE AND ART, com introdução do artista Rockwell Kent e inúmeras reproduções de suas obras.
 
Em 1941, Portinari executou quatro grandes murais na Fundação Hispnica da Biblioteca do Congresso em Washington, com temas referentes à história latino-americana.
 
De volta ao Brasil, realizou, em 1943, oito painéis conhecidos como SÉRIE BÍBLICA, fortemente influenciado pela visão picassiana de Guernica e sob o impacto da 2ª Guerra Mundial.
 
Em 1944, a convite do arquiteto Oscaar Niemeyer, iniciou as obras de decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, destacando-se o mural SãO FRANCISCO e a VIA SACRA, na Igreja da Pampulha.
 
A escalada do nazi-fascismo e os horrores da guerra reforçam o caráter social e trágico de sua obra, levando-o à produção das séries RETIRANTES e MENINOS DE BRODOSWKI, entre 1944 e 1946, e à militncia política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro e candidatando-se a deputado, em 1945, e a senador, 1947.
 
Ainda em 1946, Portinari voltou a Paris para realizar sua primeira exposição em solo europeu , na Galerie Charpentier.
 
A exposição teve grande repercussão, tendo sido Portinari agraciado, pelo governo francês, com a Légion d´Honneur.
 
Em 1947 expôs no salão Peuser, de Buenos Aires e nos salões da Comissão nacional de Belas Artes, de Montevidéu, recebendo grandes homenagens por parte de artistas, intelectuais e autoridades dos dois países.
 
O final da década de quarenta assinalou o início da exploração dos temas históricos através da afirmação do muralismo.
 
Em 1948, Portinari exilou-se no Uruguai, por motivos políticos, onde pintou o painel A PRIMEIRA MISSA NO BRASIL, encomendado pelo banco Boavista do Brasil.
 
Em 1949 executou o grande painel TIRADENTES, narrando episódios do julgamento e execução do herói brasileiro que lutou contra o domínio colonial português. Por este trabalho Portinari recebeu, em 1950, a medalha de ouro concedida pelo Júri do Prêmio Internacional da Paz, reunido em Varsóvia.
 
Em 1952, atendendo a encomenda do Banco da Bahia, realizou outro painel com temática histórica, A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA à BAHIA e iniciou os estudos para os painéis GUERRA E PAZ, oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da Organização das Nações Unidas.
 
Concluídos em 1956, os painéis, os maiores pintados por Portinari, encontram-se no "hall" de entrada dos delgados de edifício-sede da ONU, em Nova York. Em 1955, recebeu a medalha de ouro concedida pelo Internacional Fine-Arts Council de Nova York como o melhor pintor do ano.
 
Em 1956, Portinari viajou a Israel, a convite do governo daquele país, expondo em vários museus e executando desenhos inspirados no contato com o recém-criado Estado Israelense e expostos posteriormente em Bolonha, Lima, Buenos Aires e Rio de Janeiro.
 
Neste mesmo ano Portinari recebeu o Prêmio Guggenheim do Brasil em 1957, a Menção Honrosa no Concurso Internacional de Aquarela do Hallmark Art Award, de Nova York.
 
Expôs em Paris e Munique em 1957. Foi o único artista brasileiro a participar da exposição 50 ANOS DE ARTE MODERNA, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas, em 1958.
 
Como convidado de honra, expôs 39 obras em sala especial na I Bienal de Artes Plásticas da Cidade do México, em 1958.
 
No mesmo ano expôs em Buenos Aires. Em 1959 expôs na Galeria Wildenstein de Nova York e, juntamente com outros grandes artistas americanos como Tamayo, Cuevas, Matta, Orozco, Rivera, participou da exposição COLEçãO DE ARTE INTERAMERICANA, do Museo de Bellas Artes de Caracas.
 
Candido Portinari morreu no dia 06 de fevereiro de 1962, quando preparava uma grande exposição de cerca de 200 obras a convite da Prefeitura de Milão, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava.

http://portaisdobrasil.com/conteudo.asp?conteudo=1009

 



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