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General: A linguagem corporal descodificada
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De: webcris  (Mensaje original) Enviado: 07/08/2009 22:35

 
 



A linguagem corporal descodificada


Todas as vezes que mexe no cabelo, cruza as pernas e todas as suas micro-expressões enviam uma mensagem.

Raquel Laneri
06 de Julho de 2009
Aprenda a controlar a forma como as pessoas a vêem.


Diz "se faz favor" e "obrigada". Não subas o tom de voz. Senta-te de costas direitas com as pernas juntas e as mãos sobre as pernas. Não chames as atenções. E nunca, mas mesmo nunca, fales de modo arrogante.

Estas são as lições que muitos pais ensinam às suas filhas. Apesar destes atributos - boa educação, deferência e humildade - e o modo como são projectados através dos nossos gestos, maneira de andar e auto-apresentação possam seguramente ser úteis na sala de aula e em alguns ambientes sociais, a verdade é que podem estar a impedir a progressão de muitas de nós a nível profissional.

Jeannine Fallon, directora executiva de comunicação na Edmunds.com, ficou a par deste tema num curso de formação intitulado "Mulheres Sem Limites," no qual participou há 10 anos quando trabalhava na Volvo.

"Recordo-me perfeitamente de um ensimanento," diz acerca da sessão. "Numa mesa de uma sala de reuniões, as mulheres têm tendência para colocar todos os materiais num monte, bem arrumados, e esconder-se atrás da mesa, enquanto que os homens tendem a escarrapachar-se, afastar-se da mesa, cruzar as pernas e pôr as mãos atrás da cabeça. Aquilo que nos impressionou foi que o conceito de ocupar espaço está relacionado com o conceito de domínio." Qual foi o resultado? "Desde então nunca mais me sentei e escondi atrás de uma mesa."

Uma imagem vale mil palavras. Na verdade, independentemente do quão recheado for o nosso currículo, quão brilhantes forem as nossas ideias, quão calvinista for a nossa ética profissional, nós somos julgadas pela forma como nos apresentamos.

Os estudos revelam que são precisos quatro minutos para criar a primeira impressão e, segundo um estudo amplamente citado do professor Albert Mehrabian da UCLA, a linguagem corporal representa 55% dessa impressão, o tom de voz 38% e os restantes 7% dizem respeito às palavras em si.

Infelizmente, de acordo com Carey O'Donnell, presidente do Carey O'Donnell Public Relations Group, com sede em West Palm Beach, Flórida, "muitas de nós não fazem ideia que os nossos sinais não verbais são relevantes. Existem milhares de micro-expressões, e as pessoas lêem-nas, mesmo que só estejam a traduzir estes sinais subconscientemente.

Eis alguns dos tiques visuais que são comuns nas mulheres:
- Inclinar a cabeça: um sinal de que está a escutar mas que pode ser mal interpretado como querendo indicar submissão ou até mesmo "flirting".
- Dobrar as suas mãos sobre as pernas: esconder as mãos debaixo de uma mesa ou secretária, por exemplo, revela falta de confiança; um sinal que remonta a tempos antigos, quando os homens exibiam as palmas das mãos para mostrarem que estavam desarmados.
- Cruzar as pernas: um sinal de resistência.
- Sorrir excessivamente: uma indicação de falta de idoneidade e seriedade.
- Cruzar os braços à sua frente: traduz uma posição de insegurança ou defensiva.
- Brincar com o cabelo, jóias ou roupas: pode indicar angústia ou, uma vez mais, pode ser mal interpretado como "flirting".

Muitos destes hábitos estão bem enraizados e, mesmo quando pensamos que já os eliminá-mos, tendem a surgir novamente em situações de stress ou de nervos. "Por exemplo, quando numa reunião só estão homens e uma mulher, a mulher tem tendência para ficar nervosa," afirma Carol Kinsey Goman, consultora de executivas e autora do livro The Nonverbal Advantage. "Por serem maiores e ocuparem mais espaço, os homens têm um comportamento imponente, assertivo. Tal pode ser intimidativo."

"As mulheres são muito mais expressivas que os homens. Os homens conseguem dissimular muito mais e isso põe-nos doidas porque não conseguimos ler o que se está a passar - não sabemos em que ponto é que estamos. … E quando continuamos a tentar explicar uma ideia e não obtemos qualquer reacção, temos tendência para entrar em pnico e exagerar para apresentar as nossas razões."

Ora, como atenuar estes tiques se nem sequer sabemos que os estamos a fazer? "Um espelho pode ser muito útil," refere Kinsey Goman. "Pratique o seu discurso de variadíssimas formas - com a cabeça inclinada, com a cabeça direita - e repare nas diferenças. Pratique os gestos. Os gestos são óptimo, mas não os faça acima dos ombros - dá-lhe um ar demasiado errático."

O'Donnell também sugere que grave as suas apresentações e depois que as visualize sem som. "Quando nos vimos em fotografias, ou especialmente na televisão, costumamos dizer "Por amor de Deus, quem é aquela pessoa?", ri-se. "Quando se visualiza sem som, preste atenção aos sinais visuais, tais como, está a abanar as mãos freneticamente, a rir inadequadamente quando ninguém se está a rir, parece que está nervosa a olhar para um lado e para o outro? Depois veja a gravação mais uma vez e preste atenção ao seu tom de voz e às muletas que utiliza no discurso, tais como, portanto e é assim."

No que respeita a como lidar com os nervos antecipadamente, Theresa Zagnoli, fundadora e CEO da Zagnoli McEvoy Foley, uma empresa de consultoria de comunicação e litigação, recomenda que feche a porta do seu gabinete ou se refugie numa sala de estar e inspire profundamente 10 a 20 vezes. Uma outra dica: liberte os nervos estalando os dedos do pé algo que, ao contrário do brincar com o cabelo ou o afastar-se na sua cadeira, passará despercebido. Zagnoli também advoga uma táctica intitulada "espelhamento".

"A ideia é quanto mais parecida ficar com a pessoa que está a lidar, mais facilmente irá criar uma relação com a mesma," refere. "A pessoa que está sentada à sua frente fala com uma voz suave? Essa pessoa fala lentamente, sorri e ri-se muito? O seu bloco de apontamentos está na secretária ou em cima das pernas? Toma muitas notas? Tem as pernas cruzadas? Está inclinada para a frente ou para trás? Eu tomo nota de todas estas coisas e depois como que me transformo para tornar-me mais como essa pessoa."

Alguns homens e mulheres de negócios recusam esta ideia ou a ideia de que temos de nos transformar para levarmos a nossa avante. Porém, Zagnoli garante que não se está a comprometer nada. O "espelhamento", a mímica e a supressão de maus hábitos ou impulsos "não alteram quem você é," afirma. "Não alteram o seu coração, o seu cérebro, as suas ideias. Na verdade, ao alterar a forma como se comporta, pode comunicar melhor esses pensamentos e sentimentos."





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De: Lúcia Dias Enviado: 07/08/2009 22:46


 
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