Tu, nua
Te quero nua. Assim, simplesmente, com tua monumental sensualidade viva, pujante. És bela, muito bela. Não como as mulheres fabricadas em série, silicones, lipos, academias, muitos enxertos... Mas, simplesmente, bela, por autêntica beleza tua, una e nua. Não como as grandes obras de arte, pois respiras mulher e transpiras tanta feminilidade e animalidade tua. És a primeira manhã. Não como uma pintura, pois te moves e recendes perfumes raros de sexo e vida. Simplesmente, nua, com as singularidades tuas, teu odor de flor-mulher, dona da natureza, explodindo de amor, toda nua, a implodir em mim, assim, nua. Tens potencialidades de guerra e paz, muita paz. Múltiplas sensualidades, diz-me teu corpo. Diz tremores de terra, tremores de mim, diz-me de céus, de abismos. Assim, nua, és o começo, o meio e o fim...
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