MEU CORPO
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Meu corpo condenado a vagar pela noite à procura
De teu corpo há tanto esquecido
Meu corpo percorre torres, masmorras,
castelos e templos vazios
Lhe buscando embriagado pelas noites solitárias,
por várias luas passadas
Meu corpo que permanece inerte até encontrar o teu
Meu amor que deixaste o teu na escuridão da solidão
Hoje percorre caminhos que um dia percorremos juntos
Esse meu corpo torturado pelo remorso
Do abandono desse amor em alguma noite mal vivida
Queria que minha angustia fosse mais amena
Mas a condenação ao corpo de alguém
Que julga o amor como passatempo
É viver a eternização da solidão
Vivo à procura de teu corpo adorado
Vivo à procura da comunhão carnal
Vivo a busca do desejo incontrolável de nossos corpos
Hoje condenados ao esquecimento
Vivo a caminhar trevas a dentro
À procura do seu amor embriagado.
Sonia Santos