Jerry Dias, colunista da CAPRICHO, acha que namoro virtual é ótimo para não gastar dinheiro com a namorada
Fase 1
Você está carente, ninguém te ama, você se sente mais por baixo do que uma minhoca, você entra numa sala de bate-papo e encontra outra minhoca... quer dizer, um garoto.
Fase 2
Vocês se identificam em tudo, gostam de música, assistem BBB, mascam chiclete e odeiam bife de fígado. Quais as chances de conhecer alguém assim na internet? O Universo conspira a seu favor.
Fase 3
Vocês trocam e-mails, msn e scraps no orkut. O primeiro beijo virtual. Tudo é muito fofo. Todo dia, ele deixa um depoimento amoroso e você enche a caixa dele com mensagens bregas de amor, mas quem se importa?
Fase 4
Ele te faz uma proposta: fazer sexo virtual. Você fica na dúvida. Ele diz que vai ser carinhoso e você acaba topando. Tudo é maravilhoso. Vocês trocam juras de amor eterno e combinam que não vão ficar com mais ninguém na vida real.
Fase 5
De repente, ele começa a reclamar que você participa das comunidades “Eu adoro ficar” e “Não vivo sem balada”. E ele pede pra você sair dessas e de mais algumas dezenas de comunidades.
Fase 6
Você concorda. No seu orkut, sobram só as comunidades “Eu estudei em colégio de freira” e “Adoro meu pai e minha mãe”. Vocês trocam seus vídeos favoritos no Youtube e você descobre que ele curte Jota Quest (sem falar nos vídeos de garotas rebolando ao som de funk).
Fase 7
Ele pergunta o que aconteceu. Você grava um vídeo-resposta contando como ele é de verdade e posta no Youtube. O vídeo é superacessado e ele não consegue mais nenhuma namorada, nem virtual nem real. O seu vídeo fica popular e menino para namorar não falta mais