É frequente fazerem-se novos conhecimentos (ad contacto) através dos múltiplos serviços disponíveis na Net, como o Messenger, o Hi5, o Skype ou chats próprios de conversação, nos quais são partilhadas muitas informações e onde é possível encontrarem-se pessoas com muitas afinidades.
Os diálogos são rápidos, destemidos e provocatórios, exactamente porque não existe a componente face-a-face, inibitória para muitos e, se não se gostar do outro, basta bloqueá-lo, apagá-lo ou, simplesmente, desligar o computador.
Quando se gosta do outro, para além de ser partilharem assuntos triviais, começam-se a partilhar intimidades, fotos, voz e imagem, humaniza-se cada vez mais a conversa, podendo as relações cibernéticas tornarem-se em relações mais sexualizadas.
Nessa interacção, utiliza-se a escrita, em que se descreve aquilo que se está a fazer ou que se gostaria de fazer ou que se gostaria que o outro fizesse, a voz e a visualização através da webcam, transformando o outro em alguém muito especial e quase real.
Todos estes meios aproximam os parceiros criando a idéia de que realmente se tem um compromisso com o outro.
Mas, por muito intensa que se torne este tipo de "relação", não há dúvida de que as relações reais são muito mais enriquecedoras e satisfatórias.
É difícil relacionar-se amorosamente com alguém sem poder-se tocar no outro, sem sentir o seu cheiro, nem se poder olhar nos olhos, beijar, abraçar ou fazer amor. Por muito real que possa ser uma relação na Net, precisa muito mais que um teclado ou mesmo uma webcam... E é por isso que a maior parte dos casais virtuais sentem necessidade de se encontrarem, mesmo correndo o risco de sofrer uma decepção, porque detrás de um monitor todos somos parceiros perfeitos e ideais.