DEMÉTRIO
CAP. XIII, pág. 191. Os arcontes anuais foram criados em Atenas no
primeiro ano da 24." olimpíada. Eram em número de nove, entre os quais
havia um que Se denominava Epônímo, pela razão que Plutarco aqui nos
apresenta. Essa magistratura hipônima subsistiu até o ano 500 depois de
J. C, segundo o Padre Corsini, se excetuarmos, porém, a curta
interrupção de que aqui se trata, que durou desde o segundo ano da
118.» olimpíada até o primeiro ano da 123.’, depois do que as coisas
voltaram à ordem costumeira..
Ibid. pág. 192. As tribos de Atenas, até o tempo de
Cecrops, eram em número de quatro, mas elas tinham freqüentemente
mudado de nome. Depois da expulsão dos Pisistrátidas, Clistenes
estabeleceu dez tribos no terceiro ou quarto ano da 67.ª olimpíada,
quando êle foi arconte. Devemo-nos lembrar de que os anos antigos
começavam então no mês gamélion, janeiro, e correspondiam portanto a dois anos olímpicos, que começavam no mês hécatombeon, julho, como dissemos em outro lugar.
CAP. XXXII, pág. 219. Havia em Atenas duas espécies de mis.-, térios de
Céres, os grandes e os pequenos. Os grandes celebravam-se em Eleusina
no mês boédromion, setembro, os pequenos em Agres, no mês anthestérion,
fevereiro. Os que eram admitidos aos pequenos mistérios chamavam-se
mistos: e só entravam no vestíbulo. Os que eram recebidos nos grandes,
chamavam-se epoptas, isto é, que tinham direito de
ver tudo. Isto nãopodia ter lugar senão um ano depois da primeira
cerimônia. Deve-se pois ler nesse mesmo capítulo: eles não eram
admitidos a ver os grandes mistérios senão depois do intervalo de um
ano, e não, um ano depois dos grandes mistérios, como o corrigiu
Meúrsio em seu livro intitulado Eleusínia, onde.se. encontrarão todos os pormenores que aqui não devem ter lugar..
Ibid. pág. 220. Assim devemos traduzir todo este trecho: "Eles. determinaram, sob a proposta de Estratocles que.eles chamariam-, anthestérion ao mês de munichion, e iniciaram Demétrio nos mistérios que se celebram em Agres. Esse mês tornou-se em seguida boédromion,
e Demétrio aí recebeu o resto da iniciação e a êle foi admitido no
mesmo tempo à epopta". Eu segui a correção proposta pelo Padre Pétau
nas suas notas sobre Temístio, pág. 415, e adotada por vários sábios
que propõem se leia tá orós Ágran, os mistérios que se celebram em Agra: em lugar de ta orós ágoran,
que não tem sentido.. Nós sabemos, com efeito, por Etienne de Bisance,
que os pequenos mistérios que eram uma como preparação para os grandes,
celebravam-se nessa aldeia. A epopta era a última parte dos mistérios,
e a em que faziam ver a mesma divindade. Vejam-se as indagações sobre
os mistérios do paganismo do meu respeitável amigo M. de Saint-Croix,
pág. 208 e seguintes.
CAP. XXXIV, pág. 221. Lmia era, segundo Diodoro da Sicília. 1. 20, §
41, uma rainha da Líbia, de uma grande beleza, que, tendo perdido todos
os seus filhos, se tornou extremamente feroz, e fazia criar todas as
crianças, para fazê-las morrer. Eurípides tinha feito uma tragédia, da
qual ela era o argumento. Parece, pelo que dip Denis de Halicarnasso,
no seu juízo sobre Tucídides, § 6, que os historiadores que precederam
a este célebre escritor, não deixavam jamais de colocar em suas
histórias alguma Lmia, e como essas histórias estavam em geral cheias
de fábulas, eram mais conhecidas sob o nome de mítoi do que sob o de histórias. É a isto, que esta resposta se refere.
CAP. XLIII, pág. 235. Que ainda que êle tenha vencido dez mil vezes em batalha; há no texto: uk án meríakis kele té makasallas, enteso, gambron agapesaer epi misto Seleucon,
o que não W n sentido; entíse, que está na primeira pessoa, não se pode
referir a etleté que está na terceira. Encontramos em vários
manuscritos en Ipso. Penso que se deve ler makas áleas os en Ipso agapesein
k. t. l. e traduzir: "Quando êle tivesse sido batido mil vezes, como o
tinha sido em Ipso, êle não lhe entraria, portanto, jamais, etc". Esta
batalha era aquela na qual Antígono perdeu a vida; nós temos-lhe o nome
na Vida de Pirro, tomo IV, pág. 117.