Presidente:
Xanana Gusmão
Nome Oficial:
Timor Leste (Timor Loro Sa'e)
Capital:
Dili
Loalização: sudeste da Ásia
Geografia: Área: 14.609 km². Hora local: +11h. Clima: equatorial.
Cidades: Dili (60.150) (1980); Baucau, Ermera, Bobonaro.
População: 750 mil (2001); nacionalidade: timorense (ou maubere).
Idioma: português, tetum.
Religião: cristianismo 86% (católicos 100%), islamismo e crenças tradicionais
14% (1997). Densidade: 51,3 hab./km² (2001).
Pop. urb.: 7,5% (2000). Fecundidade: 3,85 filhos por mulher; expectativa de vida
M/F: 49,2/50,9 anos; mortalidade infantil: 121- (2000-2005).
Analfabetismo: 40%.
Economia: Moeda: dólar americano.
PIB: US$ 228 milhões (1999).
PIB agropec.: 21,3%.
PIB ind.: 28,9%.
PIB serv.: 49,8% (1999).
PIB per capita: US$ 304 (1999).
Força de trabalho: 341,9 mil (1993).
Export.: US$ 46 milhões (1999).
Import.: US$ 82 milhões (1999).
Parceiros comerciais: Indonésia.
Governo: Administração Transitória das Nações Unidas no Timor Leste -
Untaet - sob a chefia do brasileiro Sérgio Vieira de Mello (desde 1999, com
mandato previsto até 31 de janeiro de 2002). Div. administrativa: 13 distritos.
Legislativo: Assembléia Constituinte, com 88 integrantes, deve se transformar no
Parlamento nacional após a promulgação da Constituição. Partidos: Frente
Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Partido Democrático (PD),
Partido Social Democrata (PSD), União Democrática Timorense (UDT). Constituição:
em elaboração pela Assembléia Constituinte. Promulgação prevista para 15 de
dezembro de 2001. (Fonte: Almanaque Abril,
2002)
Timor-Leste é um
território com cerca de 19.000 Km2 e cerca de 700.000 habitantes, que ocupa
metade de uma ilha situada entre a Malásia e a Melanésia, 500Km a norte da
Austrália. A população de Timor-Leste é de origem Malaia, Melanésia e Polinésia
e, contrariamente ao que acontece com as restantes ilhas do arquipélago
indonésio, não teve praticamente contacto com o Islão ou com o hinduísmo,
mantendo-se uma tradição animista associada à prática generalizada do
catolicismo, fruto da influência de Portugal cuja língua ainda hoje é ali
falada.
Os navegadores
Portugueses chegaram a Timor-Leste no século XVI, mas só nos finais do século
XIX a sua presença se tornou mais efectiva. Não obstante a tendência geral para
a desconolização verificada após a II guerra mundial, o processo de
descolonização de Timor-Leste, tal como a das restantes colónias portuguesas,
apenas teria início após a revolução do dia 25 de Abril de 1974, que depôs o
regime ditatorial em Portugal.
No entanto, este
processo de descolonização nunca viria a ser completado. A 7 de Dezembro de 1975
a Indonésia invadiu militarmente o território que ocupa ilegalmente desde essa
altura, apesar da resistência que lhe tem sido movida pela guerrilha timorense.
No dia 31 de Maio de 1976, as autoridades militares da Indonésia convocaram uma
"Assembléia do Povo" para a qual nomearam 28 delegados timorenses que aprovaram
uma resolução reclamando a integração na Indonésia. A 17 de Julho, o Presidente
Suharto ratificou uma lei declarando Timor-Leste como a "27ª província" da
Indonésia.
As Nações Unidas
nunca reconheceram esta anexação pela Indonésia, continuando a considerar
Portugal como potência administrante e Timor-Leste como território não-autónomo.
O conselho de segurança aprovou duas resoluções (em 1975 e 1976), em que exigiu
a todos os estados que "respeitassem a integridade de Timor-Leste, assim como o
direito inalienável do seu povo à auto-determinação, de acordo com a resolução
da Assembléia Geral 1514". Também a assembléia geral da ONU aprovou, de 1975 a
1982, resoluções anuais sobre Timor-Leste. Em 1982, a resolução 37/30 foi
aprovada por 50 votos contra 46, determinando que o Secretário-Geral desse
início a consultas com todas as partes diretamente envolvidas, para solucionar o
caso. Na seqüência desta resolução e sob os auspícios do Secretário-Geral das
Nações Unidas, têm vindo a manter conversações, até agora inconclusivas,
persistindo a Indonésia em negar o exercício do direito a autodeterminação dos
timorenses.
Em 1991, o
massacre do cemitério de Santa Cruz, testemunhado por vários jornalistas
estrangeiros e cujas imagens foram amplamente divulgadas, desencadeou uma reação
de repúdio generalizado por parte da opinião pública internacional, chamando a
atenção para as graves violações dos direitos humanos que têm sistematicamente
ocorrido desde que a Indonésia invadiu o território e que terão já causado, de
forma direta ou indireta, a morte a um terço da população timorense.
Na última
Cimeira da Praia, Timor Leste adquiriu o estatuto de Observador convidado da
CPLP.
Fonte: CPLP, 2002
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