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General: Dueto Jota Há e Mayra
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Rispondi  Messaggio 1 di 3 di questo argomento 
Da: Mayra  (Messaggio originale) Inviato: 31/08/2009 03:50
 

 

 

20071007035028_lua11.jpg picture by hunka19

Dois loucos numa noite vazia

Jota Há e Mayra


Ás vezes quase a morrer de tristeza

ao ver como a noite é vazia

sento na ponta da mesa

desvisto-me de toda mentira

e vendo em meus agasalhos

tal qual no meu coração

os remendos de outra cor

tentando disfarçar neles a minha aflição,

a solidão quase me leva a loucura

de ir procurar a fartura

que existe no seu lar...

e como dois loucos numa noite escura

vamos viver o talvez de uma aventura...

 

b6jBSp6Unq7.gif picture by hunka19

 
 



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Rispondi  Messaggio 2 di 3 di questo argomento 
Da: ZÉMANEL Inviato: 31/08/2009 11:30

SEPARAçãO...

Jota Há

Sei que quem estiver no começo do processo não vai concordar com nada disso. Mas, depois de algum tempo e, só depois disso, é que vai começar a também notar e naturalmente irá concordar com a triste realidade.

Você que só há alguns meses está separado, já teve a oportunidade de notar quanto as coisas duram quando se vive sozinho?

Claro que não! Comece pelas coisas mais banais, por aquelas coisas que você sempre as usou, mas... nem prestava atenção em suas marcas, usava-as por que lá estavam e lá sempre estiveram. Exemplo: o sabonete, a pasta de dente, duram... As frutas maduram... O pão endurece... E, além de durarem: estragam.

O próprio tempo parece que dura, mais lento, custoso... Mas, nem por isso envelhecemos menos – pelo contrário: a gente mesmo parece que também se estraga na solidão, nesta solidão mezzo culpa, mezzo rancor que é o depois de todas as separações e só o entregador de pizza é "teu companheiro inseparável...".

Porque até comer é triste: ninguém gosta de cozinhar só para si – e então é sanduíche, ovo, macarrão, tudo feito sem capricho e as pressas – ou pizza. Pizza e comida chinesa...

A casa é esse vazio: mulher quando parte leva tudo. Ficam os livros, alguns discos – aqueles dois ou três que a gente cisma de ouvir só para se provar que não está sofrendo, que a vida é assim mesmo, que tudo acaba, melhor até do que se continuasse daquele jeito, durando como duram as coisas na solidão, durando para se estragar...

Tá: foi bom, foi lindo – enquanto durou... E tudo bem: tem sempre um que sofre mais – e não sou eu, não pode ser eu – mas isso também passa, como tudo na vida passa e etc. e tal... Mas tira esse disco que também ninguém é de ferro...

E aí volta o silêncio... O silêncio que é o som do tempo se arrastando, durando... E então, de repente, toca a campainha! Mas... Não, amigo... – É só o entregador de pizza...

Depois amigo... Vem a segunda fase – demora um pouco –, tempo para você, quase interminável... Mas, essa outra fase existe é só aguardar que ela vem.

Com a convivência dos verdadeiros amigos: aqueles que não aconselham nem dão palpites. Uma bela noite: eis a metamorfose, você se transforma completamente.

Você olha pela janela e não vê o céu. Tudo é nuvem e escuridão. Apesar dos ruídos, o silêncio. Depois, o triste vazio. Vazio mudo e triste que te arrebata. Mas você luta. Você sente que não pode e nem deve ser obsorvido por ele. Você redescobre que é preciso viver, é preciso amar, pois você existe.

Você sabe que existe, sabe também que ela existe. Assim sendo, é preciso amar, mesmo sem ela. Ela não está, mas está a vida.

O que é a vida? A vida é tudo. E você, é o amor, é o universo. Você sente que é preciso amar e viver, mesmo que ela não esteja, e que nunca mais estará.

E a vida continua ainda cheia de: amor através do infinito...

Tudo ama, tudo vive. Você sente que deve viver, que deve tudo amar.

E assim amigo, fica realmente provado: que a vida é uma sucessão de acontecimentos inevitáveis...

 

Jota Há


Rispondi  Messaggio 3 di 3 di questo argomento 
Da: ZÉMANEL Inviato: 31/08/2009 11:32

É…Uma questão de semntica!

Semntica é o estudo da evolução do sentido das palavras através do tempo e do espaço.

George Orwell, o escritor inglês que nos deu alguma das obras que melhor iluminaram o ambiente dos difíceis anos que duraram da Depressão à Queda do Muro de Berlim, entre elas a terrível sátira, com o título “1984”. Águas políticas passadas, talvez. A União Soviética, a ex-formidável Pátria do Socialismo, não existe mais, esfarelada em repúblicas conflituosas.

Para felicidade do gênero humano não se realizaram as sombrias previsões orwellianas de “1984” – uma sociedade hipertotalitária, metida em guerras intermináveis, impondo ao povo um brutal controle de pensamento e da expressão – o “novopensar” e a “duplafala”.  A televisão não se tornou um instrumento de massificação ideológica, sendo ao contrário um instrumento de denúncia, que dificulta o ocultamento de selvagerias ditatoriais – em tese, são esses os pensamentos dos otimistas. 

As previsões de Orwell não se realizaram ao pé da letra. Mas acreditamos que, os verdadeiros escritores têm o dom de entrever formas da realidade que escapam facilmente aos olhos da multidão. Porque alguma coisa do “novopensar” e do “duplofalar” se encontra em nosso quotidiano. Raramente as mensagens que a humanidade troca entre si são meramente descritiva. Em geral, atingem-nos mais pelas associações de idéias e sentidos. Se assim não fosse, não haveria poesia, nem literatura, nem mesmo prece, sem adjetivos, metáforas e todas as ilimitadas teia de ligações que vão se estabelecendo entre as palavras, ao longo do tempo.

Quanta inocência!

É aqui que mora o perigo, pois, o que faz prece e poesia pode fazer também intriga e malefício. Questão de interesse e de dose. Ou uma questão de semntica? Não há muito, uma grande empresa instalada na cidade mais industrializada do nosso país, projetava demitir um grande número de operários, um seu representante veio a público e tentando justificar, fez uso, consciente ou não da “duplafala”: “não caracterizamos isto como dispensa de pessoal, estamos gerenciando nossos recursos administrativos”.

Tornou-se uma matéria.

Há consultores que trabalham especialmente no ramo de mandar gente embora, e apresentam seus serviços como “consultoria para terminação e colocação externa”, ou “engenharia de reemprego”. Também recente, os advogados do famoso jogador de futebol americano, O. J. Simpson, o tal que teria matado a mulher (em quem dava surras) e o amante dela – todos assistimos pela televisão –, pintaram essa relação como mera “discórdia marital”.

As escolas de educação física, estão querendo chamar-se de “departamento de biodinmica humana”. Exemplos inesgotáveis, alguns engraçados, outros ridículos. Mas embaçam a percepção da realidade. Diariamente assistimos em nossas televisões, os noticiários: morreram pelo menos 10 pessoas, pelos menos 20 ficaram soterradas, etc.etc. Morreram cinco, causando um transtorno no trnsito com paralisação de mais de 10 quilômetros, naturalmente, muito mais ênfase para o trnsito do que para as pessoas mortas.

Só as desgraças se tornam notícias. 

Uma ilustração recente tem pegado por aí muita gente distraída. Temos ouvido muita a expressão “excluída”, para designar grupos de pessoas de baixa renda, ou supostamente marginalizada. Há palavras apropriadas para as situações concretas: “pobres”, “analfabetos”, “doentes”, "desempregados”, "drogados, não assistidos pelos governos”, por exemplo, designam situações, em que determinadas pessoas objetivamente se encontram num dado momento.

No resto da sociedade – mais uma vez o otimismo –, espíritos decentes certamente sentirão um dever de solidariedade, e sem dúvida pensarão no que possa ser feito para mudar esse estado de coisas. A exclusão, no entanto, supõe uma ação deliberada contra o excluído, no caso, essa gente pobre, desempregada etc. Portanto, subentende que alguém impeça à força que ela tenha acesso a bens que todos desejam – o que é uma realidade, haja vista, quando como agora, está se discutindo o famigerado salário mínimo.

O “excludente” passa a ser indiciado como “culpado” por essa situação penosa. Teríamos muito para relacionar, porém, sabemos que as culpas não são assumidas pela chamada “duplafala”, e sim, camufladas por ela. Se usássemos as palavras sem deformar a mensagem, talvez fosse parte da solução.

Autor: Jota Há  

***

“Pobre de espírito é, sem dúvida, aquele que não consegue imaginar pelo menos duas maneiras de interpretar qualquer palavra.“

Andrew Jackson



 
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