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General: Poesia, música e oração
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Respuesta  Mensaje 1 de 2 en el tema 
De: Lúcia Dias  (Mensaje original) Enviado: 13/09/2009 15:18

 

POESIA, MÚSICA E ORAçãO


VIVEMOS NUM SÉCULO QUE NOS EMBRUTECE E MALTRATA, NO QUAL OS POETAS, OS MÚSICOS E OS SANTOS ESCASSEIAM A OLHOS VISTOS!

DE TãO AGREDIDOS E MACHUCADOS POR TODOS OS LADOS, CORREMOS O RISCO DE AGREDIR E PISOTEAR TAMBÉM!

A MÚSICA SADIA ELEVA O ESPÍRITO, LAVANDO-NOS A ALMA. E AS MãOS EM PRECE NOS DEVOLVEM PEDAçOS DO INFINITO EM PLENO VALE DE LÁGRIMAS E DESENCANTOS!

SEM ORAçãO, SEM MÚSICA E SEM POESIA, O MUNDO SE TRANSFORMARIA NUM DESERTO ÁRIDO, INABITÁVEL!

O BARULHO NOS TONTEIA, ADOECE, E O SILêNCIO, COM JEITO DE PRECE, NOS PACIFICA E RECONCILIA CONOSCO MESMOS, COM DEUS E COM NOSSOS IRMãOS!!!!!!


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Respuesta  Mensaje 2 de 2 en el tema 
De: ZÉMANEL Enviado: 13/09/2009 20:27

 

 

Mesmo quem nada percebe de música, como eu, tem a noção do que ela é, do que ela significa, do que ela vale, quando nos deixamos invadir por ela e dentro dela – libertos – nos soltamos.

Penso sempre, que, mesmo quando não sei as palavras que, como uma reza, eu poria dentro dos seus sons, penso sempre, que toda a música é oração, mesmo quando fala de revolta.

         

Por estar bravo, encapelado que seja, o mar não deixa de ser mar.

E, mesmo quando afoga, ainda e sempre, é água.

Não me perguntem o que quero dizer com esta conversa, porque não saberia dizer.

Sei que estou a ouvir música, sei que está a chover, sei que tenho a lareira acesa. Sei que é reconfortante estar em casa com tempo assim e olhar pelas vidraças e ver o “mundo” molhado lá fora.

          

E, sei que a música tem o condão de criar como que um mundo envolvente para nós - um mundo diferente  para cada um de nós - dentro do mundo imenso onde cabem reunidos, os mundos de todos nós juntos.

Em dias de chuva, Chopin, é mais ele.

É , absolutamente, ele.

Sei que é assim porque nestes dias, nestas horas ele pega na nossa sensibilidade, no nosso coração, nas nossas almas e eleva-as até ao infinito de nós mesmos. Até à fusão com a essência da música, até lá onde o que se pensa, o que se sente, o que se julga ser, se desfaz como bolas de sabão deixando apenas um resíduo de água,

Fugaz como uma lágrima.

Um vestígio, uma vaga lembrança da beleza entrevista e impossível de capturar.

A flor atrai porque é bela.

A infância deslumbra porque é inocente e pura

A música cativa e apaixona porque da flor é o perfume e da pureza e inocência – é a voz.

 

A música é a fala da Vida.

É a prova de que para todo o mal há esperança e espaço para redenção.

Porque de tudo a música fala.

“Quasimodo” era horrendo fisicamente.

O amor o sublimou.

Contado em música só poderia ser belo.

Porque a música é o extracto, o mistério, o segredo, a centelha de infinito de cada ser.

Nestes dias, em que a música nos faz mergulhar dentro do mistério incontido da dimensão divina de ser gente, parece que o cinzento do céu acontece para que brilhe melhor a clarividência de o reconhecermos.

O piano emudeceu.

Sem a alma nas mãos de Maria João Pires, ficou apenas, o que é – um instrumento musical. Um móvel.

E, a tarde – sem a música – ficou aquele entreacto – hoje chuvoso, ventoso e triste que nos conduz à noite.

Embuço-me no vazio escuro que o silêncio criou em meu redor e vou fingir que ainda não acordei do meu deleite.

 

  Maria José Rijo



 
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