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General: Os quatro Gigantes da Alma
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Respuesta  Mensaje 1 de 2 en el tema 
De: Lúcia Dias  (Mensaje original) Enviado: 25/09/2009 22:12
 
Os quatro gigantes da Alma
 

Dizem que há na alma dos seres humanos quatro gigantes que acompanham a evolução.
Três destes colocam obstáculos, e apenas um abre as portas.
Os três gigantes criadores de problemas chamam-se : MEDO, IRA E DEVER

MEDO é um gigante enraizado profundamente, que se alimenta da necessidade de preservar a vida ante o perigo, mas que se alia com a imaginação e cria neuroses que são capazes de paralisar completamente a vida de uma pessoa.

IRA é um gigante destrutivo, que se alimenta da reação normal de uma pessoa ante o MEDO, mas por ser normalmente abafado e recalcado acaba criando o ódio, que é uma raiva em conserva, podendo consumir uma pessoa por dentro até matá-la.

DEVER é um gigante que entulha o caminho das pessoas com muitas obrigações, podendo esmagá-las com tantas destas que acaba produzindo tédio e imobilidade.


Quem poderia abrir todas as portas é o gigante AMOR, mas raramente alguém o utiliza, porque amar não é algo que acontece do dia para a noite, mas uma dimensão que resulta do esforço para abrir o coração e entregar ao mundo o que haja de melhor na alma de quem assim se atreva a viver.


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Respuesta  Mensaje 2 de 2 en el tema 
De: ZÉMANEL Enviado: 26/09/2009 19:35

 

OS OITO GIGANTES

Aos dezoito anos, muito me envolveu a leitura de Myra y Lopes em Os Quatro Gigantes da Alma: o Medo, a Ira, o Amor e o Dever. Mas, como de tudo fica pouco, acabei apenas lembrando, pela vida afora, de seu exercício para relaxamento: deitar ou mesmo sentar comodamente, relaxando a musculatura, sentindo o corpo pesar de encontro ao planeta, e, depois de relaxar também e principalmente a musculatura facial, visualizar os globos oculares como duas bolas negras navegando lentamente em infinito espaço negro...
Hoje, prefiro ver que são oito os gigantes, quatro negativos e quatro positivos. Os quatro negativos são ainda o medo e a ira, mas também o ódio e a descrença. Não crer em nada é a estrada para nada ser. O IBGE indica que a religião que mais cresce no Brasil é a dos incréus, os que não crêem em deus algum nem têm religião, entre os quais me incluo, e que eram menos de um por cento há vinte anos, hoje são mais de sete por cento.
Creio, porém, em valores que me dão sentido à vida. Tomara que, entre os outros “sete por cento”, a descrença religiosa não se estenda à existência civil, descrendo de melhorias sociais e políticas, gerando o ceticismo e o cinismo, doenças mentais em que os personagens de Machado de Assis são monstruosos mestres. Entre os descrentes, os piores são os que, além de em nada crer e nada fazer para melhorar coisa alguma, dedicam-se (para tentar igualar outros à sua vida sem sentido) a corroer as crenças dos outros. São os descrentes ativos, tão nocivos quanto os que cultivam o ódio.
Os fanáticos se dedicam a encontrar no ódio sentido para a vida, odiando o inimigo político, religioso ou racial, ou mesmo o vizinho que ergueu demais o muro ou não ergueu muro algum. Como o ódio mata antes de tudo quem odeia, isto seria um consolo, se os efeitos colaterais não fossem tão danosos, das rixas às guerras. Como diz o caboclo:
- O demônio tá no inferno, mas o inferno tá na gente...
Do gigante Medo, guardo uma trepidante lembrança. Na festa de encerramento do curso primário, no Educandário Rui Barbosa, em Cornélio Procópio, todos tinham de se apresentar, cantando, declamando, discursando. Resolvi dançar, e isto não teria deixado a platéia de pais boquiaberta, se a música, do disco que levei debaixo do braço, não fosse Tutti Frutti, o clássico rock cantado por Little Richard.
O rock era uma criança naquele tempo, e eu era outra, com dez anos, mas já determinado a vencer o medo: se era para fazer arte, ia ser a arte que eu gostava, e eu gostava era de rock! Botei o disco na vitrola e corri para o centro do palco. Dancei pulando, contorcendo, rebolando, do jeito que via nos filmes. A platéia boquiaberta, meus colegas balançando incredulamente a cabeça. Me olhavam sem piscar meninas que nunca tinham devolvido meus olhares.
Acabei de dançar ofegante, continuaram boquiabertos no silêncio, até que alguém começou a bater palmas e então aplaudiram demoradamente, levantando, o único a receber aplausos em pé e pedidos de bis! A professora Maria Aparecida colocou a música de novo e voltei a dançar, até faltar fôlego, parando no meio da música e mal conseguindo falar:
- Não aguento mais!
Aplaudiram mais ainda, e eu, que tinha me debatido entre vergonha e medo para me decidir a fazer aquilo, desci do palco, apesar das pernas bambas, caminhando melhor para o resto da vida.
E os quatro gigantes positivos? O amor, claro, e seu filho predileto, o perdão. O dever, que passaram a chamar de ética. E a paciência, para compreender, perdoar, amar, e continuar fazendo o dever mesmo quando muitos parecem não saber mais o que é certo. Ou como diz o caboclo:
- O caminho pode ter curva, só não pode passar pelo brejo...

 

(A/D)



 
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