O amor antigo

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

AMOR ANTIGO

Sento-me à varanda,
A olhar as estrelas,
Penso no calor,
Que irradia por elas.

Faz-me lembrar,
De um amor antigo,
Desde que a perdi,
Que ando sempre perdido.

O nosso amor foi efémero,
Mas bom enquanto durou,
Um dia ela desapareceu,
Sem eu saber que se passou.

Um dia vim a saber,
O porque de me abandonar,
Eu não estava a conseguir por,
Todo o meu amor, no meu amar.

Nunca mais encontrei,
Outra pessoa assim,
Deixei um amor antigo,
Tomar conta de mim.