Queria que a cama me engolisse Ou a grama me desse raízes, E meu corpo decomposto, Enjaulado nos ossos ocos Não pudesse mais gritar.
Assim minha felicidade Enfim partiria, para a gota De orvalho, evaporar e secar, Ser branca nuvem de solidão, Chovendo na terra que me abraça, que me esquenta e acalma, me mata e me ama.
Mas a chuva não chega, Minha secura é segura e única, Vitória da amargura valorosa De quem não vale nada, Que só queria dormir para morrer Covardemente, sem olhar para a dor, Sem querer que chorem por um Sorriso falso que mente alegria, Para alegrar nenhuma magia.
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