Page principale  |  Contacte  

Adresse mail:

Mot de Passe:

Enrégistrer maintenant!

Mot de passe oublié?

TUDO EM PORTUGAL
Joyeux Anniversaire isabelmimoso1!
 
Nouveautés
  Rejoindre maintenant
  Rubrique de messages 
  Galérie des images 
 Archives et documents 
 Recherches et tests 
  Liste de participants
 BEM VINDOS 
 PRINCIPAL 
 QUEM SOMOS 
 REGRAS DO GRUPO 
 FELIZ NATAL 
 FELIZ ANO NOVO 
 
 
  Outils
 
POESIA SENSUAL: Poemas indecorosos de Olavo Bilac
Choisir un autre rubrique de messages
Thème précédent  Thème suivant
Réponse  Message 1 de 1 de ce thème 
De: NATY-NATY  (message original) Envoyé: 06/10/2009 18:37

Poemas indecorosos de Olavo Bilac Klimt Love Olavo Bilac  Blog.Uncovering.Org Klimt Love
Gustav Klimt - Love

Tenho uma memória bastante clara das aulas de Literatura que fiz ao longo da minha vida escolar, nelas, o poeta Olavo Bilac sempre foi fixado na minha imaginação como sendo aquele senhor polido, patriota, enfadonho e reaccionário. Daí o supreendente que foi, ao me inscrever e frequentar recentemente um curso universitário de Literatura Brasileira, descobrir que o tão proclamadamente apático poeta parnasiano, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, autor do Hino à Bandeira Nacional, adorador de formas marmóreas e da sobriedade era, na verdade, um devasso.

O poeta tem peças dum erotismo tanto perverso, delirante, pornográfico, que certamente corava as professoras tão sóbrias que tive . Fiquei depois descobrindo que ficou famoso o papelucho deixado por Emílio de Menezes para epitáfio do amigo: "Bilac esta cova encerra. Choram sacros e profanos... Muitos anos coma a terra, a quem comeu tantos nus!". Se eu houvesse sabido dessas façanhas antes... teria sido uma aluna mais diligente.
"Delírio" ganhou para sempre o meu favoritismo.

Satnia
(...)

Sobe... cinge-lhe a perna longamente;
Sobe...- e que volta sensual descreve
Para abranger todo o quadril!- prossegue,
Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura,
Morde-lhe os bicos túmidos dos seios,
Corre-lhe a espádua, espia-lhe o recôncavo
Da axila, acende-lhe o coral da boca,
E antes de se ir perder na escura noite,
Na densa noite dos cabelos negros,
Pára confusa, a palpitar, diante
Da luz mais bela dos seus grandes olhos.

E aos mornos beijos, às carícias ternas,
Da luz, cerrando levemente os cílios,
Satnia os lábios úmidos encurva,
E da boca na púrpura sangrenta
Abre um curto sorriso de volúpia...

Beijo Eterno
Diz tua boca: "Vem!"
"Inda mais!" diz a minha, a soluçar...Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
"Morde também!"
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,
Morro por teu amor!

Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!
Beija-me assim!<
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!

Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…

Última Página
Primavera. Um sorriso aberto em tudo. Os ramos
Numa palpitação de flores e de ninhos.
Doirava o sol de outubro a areia dos caminhos
(Lembras-te, Rosa?) e ao sol de outubro nos amamos.

Verão. (Lembras-te Dulce?) à beira-mar, sozinhos,
Tentou-nos o pecado: olhaste-me... e pecamos;
E o outono desfolhava os roseirais vizinhos,
Ó Laura, a vez primeira em que nos abraçamos...

Veio o inverno. Porém, sentada em meus joelhos,
Nua, presos aos meus os teus lábios vermelhos,
(Lembras-te, Branca?) ardia a tua carne em flor...

(...)

 


Premier  Précédent  Sans réponse  Suivant   Dernier  

 
©2025 - Gabitos - Tous droits réservés