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General: Palavras
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Resposta  Mensagem 1 de 4 no assunto 
De: Lúcia Dias  (Mensagem original) Enviado: 16/10/2009 22:22
Palavras

 

 

Pedes palavras de amor, paixão, de cumplicidade, poemas...mas que são poemas?

Meros traços de tinta que preenchem a nudez do papel!

Prefiro preencher a nudez do teu corpo com beijos de desejo, olhares de cobiça,

com o calor do meu, com uma união ao alcance de poucos.

Palavras de amor...tantos as têm, dizem, mas tão poucos as sentem ou entendem

na sua plenitude...porem palavras serão sempre meras palavras.

O tempo se vai encarregar de apagar a tinta do papel, de as roubar à memoria, de

reduzir o papel a pó....

Mas a cobiça do teu corpo, o beijo onde sacio a sede do teu ser, a união de 2 corpos

que se fundem num só, e se consomem num ardor que nem suores frios apagam,

a volúpia privada de me perder na tua pele, a magia de descobrir cada recanto do teu

corpo, vezes sem fim, sempre como se fosse a primeira.....

Isto tudo será eterno!!!

E que palavras de amor se podem aplicar a um todo

que nos reduz a nada na sua ausência???

Que palavras podem descrever a cumplicidade duma troca de olhares, onde me lês a alma?

 Onde deixo de ser um ser único e individual, para ser mera parte de ti.....

Palavras para quê?

Se já te disse tanto...tudo...ate o que não queria... numa simples troca de olhares?

No meu olhar já te dei ternura, paixão, amor, desejo, calor, calma, tempestades...

Em troca já recebi num momento a cumplicidade de mulher seduzida ,

o no seguinte o olhar altivo dum predador que contempla a sua presa...

Que importa quem seduz e quem é seduzido? Quem é caça ou caçador?

Se numa troca de olhares espelhamos todo o desejo que preenche os nossos corpos.

Poemas............................

O único poema que te quero escrever será com o olhar!!!

O único que quero ler, será nas rugas do teu rosto quando o Inverno das nossas

vidas nos atingir.. Mas em vez de sulcos no teu rosto, vou ler memórias de dias

felizes passados ao teu lado.

 O tempo se vai encarregar de apagar estas palavras

Mas o teu olhar enquanto invadia a nudez deste papel, será inesquecível.



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Resposta  Mensagem 2 de 4 no assunto 
De: webcris Enviado: 16/10/2009 23:27

"As nossas palavras já não correspondem ao mundo. Quando as coisas eram um todo, podíamos confiar nas nossas palavras para as exprimirem. Mas essas coisas fragmentaram-se aos poucos, rasgaram-se, ruíram num caos. E, no entanto, as nossas palavras permaneceram as mesmas. Não se adaptaram à nova realidade. Assim, sempre que tentamos falar do que vemos, estamos a falar com falsidade, distorcendo assim precisamente aquilo que tentamos representar. E agora é tudo uma confusão. (…)
Quando digo a palavra “guarda-chuva”, vemos o objecto na mente. Vemos uma espécie de bengala, com varas de metal que se dobram e que formam uma armação para um tecido impermeável que, quando aberto, nos protege da chuva. Este último pormenor é importante. O guarda-chuva não é apenas uma coisa, é uma coisa que exerce uma função; por outras palavras, exprime a vontade do homem. Quando pararmos para pensar nisto, verificamos que todos os objectos são semelhantes ao guarda-chuva, pois também servem uma função. Um lápis serve para escrever, um sapato para o calçarmos, um automóvel para o guiarmos. (…) o que acontece quando uma coisa deixa de cumprir a sua função? Ainda é a mesma coisa ou transformou-se numa coisa diferente? Quando arrancamos o tecido a um guarda-chuva, o guarda-chuva ainda é um guarda-chuva? Abrimos a armação, pomo-la sobre a cabeça e saímos para a chuva e ficamos completamente encharcados. Será que ainda podemos chamar guarda-chuva àquele objecto? De uma maneira geral é isso que as pessoas fazem. (…) Mas para mim isto é um erro grave, é a causa de todos os nosso problemas. Como já não pode desempenhar a sua função, o guarda-chuva deixou de ser um guarda-chuva.(…)No entanto, a palavra é empregue na mesma. (…). É imprecisa, é falsa, esconde a coisa que deveria revelar. E se nem sequer conseguimos nomear um objecto comum do dia-a-dia que temos nas mãos, como é que podemos esperar falar das coisas que verdadeiramente nos preocupam?"
in "A Trilogia de Nova Iorque", Paul Auster

Resposta  Mensagem 3 de 4 no assunto 
De: ZÉMANEL Enviado: 17/10/2009 21:11

Resposta  Mensagem 4 de 4 no assunto 
De: vylma Enviado: 19/10/2009 21:55


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